«Caso» Maciel: quando a Liga falta ao respeito a si própria
Recentemente aconteceu mais um episódio à portuguesa no principal campeonato de futebol. Para os mais desatentos o que se passou foi que o presidente do Porto andou a cobrar favores para facilitar a vida à sua equipa e o que é mais grave é pensar que o presidente do Porto tem favores a cobrar, nem quero imaginar se serão monetários ou se terão raíz em tráfico de influências!!!
Para explicar melhor o sucedido deixo-vos com o relato de Luís Sobral publicado no jornal electrónico MaisFutebol a 3 de Abril:
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A Comissão Disciplinar da Liga não encontrou motivo para condenar U. Leiria e F.C. Porto no «caso Maciel».
A decisão demorou praticamente quatro meses a ser conhecida, por isso, antes da opinião, um breve resumo dos factos.
Maciel é um jogador de futebol e está emprestado pelo F.C. Porto à União de Leiria. A 10 de Dezembro as duas equipas encontram-se e o extremo vê o jogo da bancada. Maciel é um dos mais experientes e influentes futebolistas ao dispor do treinador, que no final revela ter deixado o brasileiro de fora devido a um acordo de cavalheiros entre os presidentes dos dois clubes.
Acontece que os regulamentos da Liga impedem, expressamente, este tipo de acordos de cavalheiros. Pode-se discutir se impedem bem, mal ou mais ou menos. Mas é um facto que proíbem esse tipo de comportamento.
Face ao que foi tornado público, a Comissão Disciplinar da Liga decidiu investigar e passados quatro meses ilibou F.C. Porto e U. Leiria. No fundo, diz-nos a Liga, nada se passou.
Claro que esta decisão deveria dar início a outro processo. Se a Liga entende que nada foi combinado entre os dois clubes e se Maciel estava bem disposto e em forma pelo menos razoável, o que terá passado pela cabeça de Jorge Jesus, um treinador experiente e necessitado de pontos, para prescindir do extremo?
Claro que esta investigação seria pura perda de tempo (não são todas?), até porque o próprio Jorge Jesus deu a resposta, em directo para milhões de espectadores, ao confessar no final da partida as razões que motivaram a «opção».
Uma vez que a carreira de Jorge Jesus merece o meu respeito, só posso concluir que os regulamentos da Liga não existem para ser cumpridos. Enfim, não estou particularmente orgulhoso por ter chegado a esta conclusão. De facto não se trata de algo novo. A aplicação da disciplina é uma das mais graves falhas do futebol profissional português. E esta decisão, na minha opinião, apenas o último e lamentável exemplo.
A decisão demorou praticamente quatro meses a ser conhecida, por isso, antes da opinião, um breve resumo dos factos.
Maciel é um jogador de futebol e está emprestado pelo F.C. Porto à União de Leiria. A 10 de Dezembro as duas equipas encontram-se e o extremo vê o jogo da bancada. Maciel é um dos mais experientes e influentes futebolistas ao dispor do treinador, que no final revela ter deixado o brasileiro de fora devido a um acordo de cavalheiros entre os presidentes dos dois clubes.
Acontece que os regulamentos da Liga impedem, expressamente, este tipo de acordos de cavalheiros. Pode-se discutir se impedem bem, mal ou mais ou menos. Mas é um facto que proíbem esse tipo de comportamento.
Face ao que foi tornado público, a Comissão Disciplinar da Liga decidiu investigar e passados quatro meses ilibou F.C. Porto e U. Leiria. No fundo, diz-nos a Liga, nada se passou.
Claro que esta decisão deveria dar início a outro processo. Se a Liga entende que nada foi combinado entre os dois clubes e se Maciel estava bem disposto e em forma pelo menos razoável, o que terá passado pela cabeça de Jorge Jesus, um treinador experiente e necessitado de pontos, para prescindir do extremo?
Claro que esta investigação seria pura perda de tempo (não são todas?), até porque o próprio Jorge Jesus deu a resposta, em directo para milhões de espectadores, ao confessar no final da partida as razões que motivaram a «opção».
Uma vez que a carreira de Jorge Jesus merece o meu respeito, só posso concluir que os regulamentos da Liga não existem para ser cumpridos. Enfim, não estou particularmente orgulhoso por ter chegado a esta conclusão. De facto não se trata de algo novo. A aplicação da disciplina é uma das mais graves falhas do futebol profissional português. E esta decisão, na minha opinião, apenas o último e lamentável exemplo.
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P.S.: Agora um outro caso, sem qualquer ligação com o que escrevi anteriormente. Repito: sem qualquer ligação. A Comissão Disciplinar da Liga puniu Maciel com dois jogos de castigo, resultado de um processo sumarrísimo. Ou seja, Maciel não defronta o Vitória de Guimarães, na 30ª jornada, e não viaja até ao Dragão, na 31ª. Está bem.
P.S.: Agora um outro caso, sem qualquer ligação com o que escrevi anteriormente. Repito: sem qualquer ligação. A Comissão Disciplinar da Liga puniu Maciel com dois jogos de castigo, resultado de um processo sumarrísimo. Ou seja, Maciel não defronta o Vitória de Guimarães, na 30ª jornada, e não viaja até ao Dragão, na 31ª. Está bem.
Qual é a novidade? Até parece que isto (e pior) não se passa todos os anos! A única coisa que digo é: cada vez gosto menos do futebol em Portugal!!!