Reformulação dos quadros competitivos de Hóquei em Patins
Foi aprovado na Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Patinagem (FPP) a alteração dos quadros competitivos do Hóquei em Patins sénior. A Assembleia Geral decorreu no Luso este fim-de-semana e nala participaram as associações regionais, treinadores e árbitros.
As alterações:
Supertaça António Livramento - passa a ser disputada num só jogo em campo neutro, ao contrário das actuais duas mãos em casa de ambas as equipas que a disputam;
Taça de Portugal - os clubes da I Divisão passam a disputar a prova a partir dos 1/16-de-final, deixa de existir a divisão entre Norte e Sul que existia até aos 1/4-de-final, os clubes de divisões inferiores passam a ter o privilégio de jogar a eliminatória em casa;
Campeonato Nacional da I Divisão - passa a ser decidido num sistema de eliminatórias (play-off). Actualmente o campeonato era disputado por 14 equipas que disputavam 26 jornadas num sistema de todos contra todos numa 1ª fase, seguindo-se uma segunda fase com 6 equipas na poule A a lutar pela conquista do campeonato e 8 na poule B a lutar pela permanência na 1ª divisão, jogando novamente num sistema de todos contra todos acumulando os pontos aí obtidos com metade dos obtidos na 1ª fase. Na próxima época a 1ª fase processar-se-á da mesma forma no entanto o campeão será decidido entre os 8 melhor classificados da 1ª fase num sistema de eliminatórias decididas à melhor de 3 jogos até à final e à melhor de 5 na final. A II Divisão terá duas séries de 16 clubes onde os vencedores serão promovidos à I Divisão e os segundos classificados disputarão entre si a última vaga disponível para entrar na Divisão principal do Hóquei em Patins português. Os 3 últimos da I Divisão são despromovidos à II Divisão.
Discordo completamente deste sistema para encontrar um campeão nacional. O sistema até pode criar mais emoção na decisão do campeão mas é certamente mais injusto, não me parece bem que um campeão não seja a equipa mais regular da época, o sistema de poule entre os primeiros apresenta legitimidade para apurar um campeão mas o de eliminatórias não passa de algo semelhante à disputa de uma Taça. Que justiça haveria em o SL Benfica perder os campeonatos de Futsal e de Voleibol do ano passado, do Sporting CP perder o campeonato de Futsal deste ano, depois de terem dominado completamente as competições, ou o Ginásio C. Figueirense ser campeão de Basquetebol? Infelizmente a maioria das modalidades, em Portugal, está a adoptar este sistema de apuramento do campeão. No próximo ano Andebol, Basquetebol, Futsal, Hóquei em Patins, Râguebi (adoptou o sistema este ano) e Voleibol decidirão os seus campeões nesta fórmula que premeia equipas irregulares.
Campeonato Feminino - deixará de existir II Divisão e todas as equipas participarão no escalão principal.
As alterações:
Supertaça António Livramento - passa a ser disputada num só jogo em campo neutro, ao contrário das actuais duas mãos em casa de ambas as equipas que a disputam;
Taça de Portugal - os clubes da I Divisão passam a disputar a prova a partir dos 1/16-de-final, deixa de existir a divisão entre Norte e Sul que existia até aos 1/4-de-final, os clubes de divisões inferiores passam a ter o privilégio de jogar a eliminatória em casa;
Campeonato Nacional da I Divisão - passa a ser decidido num sistema de eliminatórias (play-off). Actualmente o campeonato era disputado por 14 equipas que disputavam 26 jornadas num sistema de todos contra todos numa 1ª fase, seguindo-se uma segunda fase com 6 equipas na poule A a lutar pela conquista do campeonato e 8 na poule B a lutar pela permanência na 1ª divisão, jogando novamente num sistema de todos contra todos acumulando os pontos aí obtidos com metade dos obtidos na 1ª fase. Na próxima época a 1ª fase processar-se-á da mesma forma no entanto o campeão será decidido entre os 8 melhor classificados da 1ª fase num sistema de eliminatórias decididas à melhor de 3 jogos até à final e à melhor de 5 na final. A II Divisão terá duas séries de 16 clubes onde os vencedores serão promovidos à I Divisão e os segundos classificados disputarão entre si a última vaga disponível para entrar na Divisão principal do Hóquei em Patins português. Os 3 últimos da I Divisão são despromovidos à II Divisão.
Discordo completamente deste sistema para encontrar um campeão nacional. O sistema até pode criar mais emoção na decisão do campeão mas é certamente mais injusto, não me parece bem que um campeão não seja a equipa mais regular da época, o sistema de poule entre os primeiros apresenta legitimidade para apurar um campeão mas o de eliminatórias não passa de algo semelhante à disputa de uma Taça. Que justiça haveria em o SL Benfica perder os campeonatos de Futsal e de Voleibol do ano passado, do Sporting CP perder o campeonato de Futsal deste ano, depois de terem dominado completamente as competições, ou o Ginásio C. Figueirense ser campeão de Basquetebol? Infelizmente a maioria das modalidades, em Portugal, está a adoptar este sistema de apuramento do campeão. No próximo ano Andebol, Basquetebol, Futsal, Hóquei em Patins, Râguebi (adoptou o sistema este ano) e Voleibol decidirão os seus campeões nesta fórmula que premeia equipas irregulares.
Campeonato Feminino - deixará de existir II Divisão e todas as equipas participarão no escalão principal.
Bom Paulo, és um romantico!
O desporto é um espectaculo que, por sinal, envolve milhões, que melhor forma de gerar milhões que oferecer mais espectacularidade aos jogos! O facto dos melhores jogarem entre si para decidir campeonatos leva pessoas aos pavilhões/estádios.
Sem dúvida que nem sempre ganhará o mais regular durante a época mas imageina os que nos 5 anos em que o Schumacher foi campeão do mundo tudo se resolvia no último GP! Talvez as pessoas não se tivessem desinteressado da F1, como eu que sou um adepto.
Gostei do post e do comentário. Partilho então a minha visão que assenta em alguns factos:
- só há desporto profissional se houver dinheiro para pagar aos atletas.
- só há dinheiro se houver patrocinadores.
- só há patrocinadores se houve pessoas em casa ou na bancada a assistir
Para mim:
- só há (tele)espectadores se houver espectáculo a um preço acessível
- só há espectáculo se houver regras que o protejam
- é necessário encontrar ídolos (basta serem os melhores do momento não é necessário serem outros Livramento, Eusébio, Carlos Lopes, etc), vedetas, bad-boys, entrevistas, intrigas.
- Depois disto tudo é preciso que as horas dos jogos sejam acertadas com os outros desportos para não roubarem os poucos adeptos que existem. Pois imagino que haja muita gente que não vê outras modalidades porque são simultaneas com o futebol!
This is very interesting site... » » »