Chegou a hora MotoGP
Chegou a hora das 2 rodas entrarem em acção. O grande “circo” começa este ano, no mítico circuito espanhol de Jerez, e ao longo de 17 circuitos irá percorrer o globo - tendo visita marcada à pátria de Camões para o fim de semana de 13 a 15 de Outubro - em busca dos novos conquistadores.
O espectáculo está garantido com um Valentino cada dia mais forte e que anseia desesperadamente por novos rivais na categoria rainha, daí não se ter cansado de na pre-season elogiar o “niño prodigio” de Espanha, Dani Pedrosa, que chega às MotoGP, com apenas 20 anos e melhor palmarés, que Rossi a essa idade. Segundo Valentino este será mesmo o grande rival da época que agora começa, não sabemos se é apenas estratégia ou se é mesmo esse o pensamento do “dottore” italiano, o que é certo, é que Rossi se assumiu fã de Pedrosa, e poucas vezes Valentino assumiu uma postura de tal admiração por um adversário. Pedrosa é claramente a maior estrela do motociclismo espanhol actual, apesar do seu 1,58 m e dos seus escassos 47 kg, que nesta categoria podem ser um sério handicap.
Exemplo da “pasíon” espanhola por este jovem catalão foi a disputa acérrima, entre a Telefónica Movistar, antigo patrocinador de 250cc – que o acompanhava desde os primeiros passos (na Movistar Activa Joven Cup) – e a Repsol, histórico patrocinador da HRC, (equipa principal de MotoGP da Honda) pelo seu patrocínio para a presente temporada, tendo a Repsol imposto a sua lei, para muita pena da Telefónica, que estava disposta a substituir a petroleira, como patrocinador principal da casa nipónica.
Dani, parece conviver bem com a pressão, que não o larga, desde que com apenas 15 anos se estreou no Mundial de 125cc, onde ao 2º ano foi campeão, em 250cc foi campeão nas duas épocas em que correu na especialidade, e agora chega com toda a ambição a MotoGP, Rossi quando chegou a 500cc, só à 9º prova chegou ao pódio. (Será Pedrosa capaz de o conseguir na 1ª prova que corre?)
Mas as MotoGP, não são só coisa de dois, na realidade o Campeonato que agora começa pode mesmo ser um dos mais equilibrados dos últimos tempos, com o ressurgir da Ducati, que conta este ano com uma máquina bem mais fiável que a do ano passado e com dois pilotos de altíssimo nível – Loris e Sete – e com a aposta da Honda em recuperar o hegemonia perdida para a grande rival Yamaha, se juntarmos ainda os nomes de Marco Melandri, que foi segundo a época passada, Loris Capirossi, Sete Gibernau que foi rival em 2004, Nicky Hayden, que foi 3º a época passada no ano de estreia, ou Colin Edwards, e adicionarmos ainda a juventude que “chama à porta”, pilotos como Casey Stoner 20 anos, Chris Vermeulen 23, John Hopkins 22, Toni Elías 22, ou Randy de Puniet 24 que esperam por uma oportunidade para demonstrarem que poderão ser alternativa de futuro, o espectáculo parece assegurado.