David Meca o "homem peixe" da Catalunha
De Javea a Ibiza em 26 horas
Dia 5 de Janeiro de 2006, pelas 11:35 (CET) chegava a San António, Ibiza, David Meca.
Meca, não optou por ir de avião nem de barco como faria o comum dos turistas. Meca talvez obcecado pelo excesso de poluição que as nossas sociedades enfrentam optou por fazer a viagem a Nado. Uma atitude sensata pensarão vocês! Para aqueles que ainda não deram conta do tamanho da façanha do nadador Espanhol, da Península, á mais noctívaga das baleares são cerca de uma centena de quilómetros.
Para entender melhor o sentido desta viagem é necessário conhecermos melhor o nadador. Meca é um daqueles desportistas, que sabem como poucos o que é o deporto e quão duro pode ser o caminho até ao estrelato, desde cedo se habituou a passar 6 a 8 horas por dia dentro de água. Como o nadador Catalão, há imensos desportistas no nosso país que passam horas e horas a treinar para que a maioria dos portugueses julguem o seu trabalho apenas pelo número de medalhas que conseguem num Campeonato Europeu ou nuns Jogos Olímpicos. Desporto, não são só as grandes competições mas sim a superação diária. Nesse campo temos em Portugal autênticos Heróis. Que treinam sem as condições mínimas e desesperam pelas insuficientes bolsas de alta competição.
Com cerca de 32 anos, Meca tem um currículo impressionante, fosse ele americano e seria um dos que mais ganharia em publicidade, pois o que este senhor faz é digno de filme. Meca foi dos poucos a fugir da Prisão de Alcatraz, atravessando a baía rumo a São Francisco, no entanto como qualquer preso que tentava fugir da Fortaleza ele também fez a travessia com as pernas acorrentadas. Atravessou o Canal da Mancha por mais de uma vez tentando superar o record de Chad Hundeby - feito que ainda não conseguiu, ligou as ilhas Canárias de La Gomera e Tenerife, e claro atravessou o estreito de Gibraltar. Tentou ainda encontrar o monstro do Loch Ness, no entanto as aguas gélidas, cerca de 5º e as péssimas condições meteorológicas revelaram-se um obstáculo demasiado grande, para levar a cabo a travessia com sucesso, depois de cinco horas a nadar começou a sentir os efeitos da hipotermia, e apesar das fortes dores nas mãos e cara, negava-se a abandonar a travessia, teve mesmo que ser enganado pela seu staff para abandonar.
Para ligar Jávea, província de Alicante a San António, Ibiza não foi necessário enganá-lo para desistir, pois fez os 110 kms de ligação – mais de 1 milhão de braçadas – em menos de 26 horas. Pelo caminho ficaram os cerca de 8 quilos que perdeu – quase tantos como os que teve que engordar para ganhar a gordura corporal suficiente para combater o frio e o desgaste físico. Como se advinha a travessia não foi fácil, teve que suportar as fortes correntes, o frio – que lhe provocou sintomas de hipotermia e um princípio de congelamento no ombro esquerdo. E, talvez os seus dois maiores inimigos dentro do mar – as medusas – que não pararam de lhe atacar a cara a única parte que sobressaía do fato, feito especialmente para esta jornada épica – e a escuridão profunda (pois a certa altura da noite os holofotes dos barcos de assistência pareceram coligar-se e falharam em uníssono) em pleno mar, algo que o assusta profundamente. Ao longo do percurso, o único combustível que o tuburão Catalão utilizou, foram as bananas Canárias e cerca de 30 litros de água e bebida isótonica. E assim lá se passou o tempo até chegar a Ibiza…
*Para além deste conjunto de desafios David Meca é o actual campeão mundial dos 25kms natação em águas abertas. Em 2003, em Barcelona, em águas que bem conhece foi 2º nos 25kms e 3º nos 10kms. E participou em mais de 30 eventos internacionais de natação. Em águas abertas nadou nos locais mais extremos, como por exemplo no Amazonas, rodeado de Piranhas.
Meca, não optou por ir de avião nem de barco como faria o comum dos turistas. Meca talvez obcecado pelo excesso de poluição que as nossas sociedades enfrentam optou por fazer a viagem a Nado. Uma atitude sensata pensarão vocês! Para aqueles que ainda não deram conta do tamanho da façanha do nadador Espanhol, da Península, á mais noctívaga das baleares são cerca de uma centena de quilómetros.
Para entender melhor o sentido desta viagem é necessário conhecermos melhor o nadador. Meca é um daqueles desportistas, que sabem como poucos o que é o deporto e quão duro pode ser o caminho até ao estrelato, desde cedo se habituou a passar 6 a 8 horas por dia dentro de água. Como o nadador Catalão, há imensos desportistas no nosso país que passam horas e horas a treinar para que a maioria dos portugueses julguem o seu trabalho apenas pelo número de medalhas que conseguem num Campeonato Europeu ou nuns Jogos Olímpicos. Desporto, não são só as grandes competições mas sim a superação diária. Nesse campo temos em Portugal autênticos Heróis. Que treinam sem as condições mínimas e desesperam pelas insuficientes bolsas de alta competição.
Com cerca de 32 anos, Meca tem um currículo impressionante, fosse ele americano e seria um dos que mais ganharia em publicidade, pois o que este senhor faz é digno de filme. Meca foi dos poucos a fugir da Prisão de Alcatraz, atravessando a baía rumo a São Francisco, no entanto como qualquer preso que tentava fugir da Fortaleza ele também fez a travessia com as pernas acorrentadas. Atravessou o Canal da Mancha por mais de uma vez tentando superar o record de Chad Hundeby - feito que ainda não conseguiu, ligou as ilhas Canárias de La Gomera e Tenerife, e claro atravessou o estreito de Gibraltar. Tentou ainda encontrar o monstro do Loch Ness, no entanto as aguas gélidas, cerca de 5º e as péssimas condições meteorológicas revelaram-se um obstáculo demasiado grande, para levar a cabo a travessia com sucesso, depois de cinco horas a nadar começou a sentir os efeitos da hipotermia, e apesar das fortes dores nas mãos e cara, negava-se a abandonar a travessia, teve mesmo que ser enganado pela seu staff para abandonar.
Para ligar Jávea, província de Alicante a San António, Ibiza não foi necessário enganá-lo para desistir, pois fez os 110 kms de ligação – mais de 1 milhão de braçadas – em menos de 26 horas. Pelo caminho ficaram os cerca de 8 quilos que perdeu – quase tantos como os que teve que engordar para ganhar a gordura corporal suficiente para combater o frio e o desgaste físico. Como se advinha a travessia não foi fácil, teve que suportar as fortes correntes, o frio – que lhe provocou sintomas de hipotermia e um princípio de congelamento no ombro esquerdo. E, talvez os seus dois maiores inimigos dentro do mar – as medusas – que não pararam de lhe atacar a cara a única parte que sobressaía do fato, feito especialmente para esta jornada épica – e a escuridão profunda (pois a certa altura da noite os holofotes dos barcos de assistência pareceram coligar-se e falharam em uníssono) em pleno mar, algo que o assusta profundamente. Ao longo do percurso, o único combustível que o tuburão Catalão utilizou, foram as bananas Canárias e cerca de 30 litros de água e bebida isótonica. E assim lá se passou o tempo até chegar a Ibiza…
*Para além deste conjunto de desafios David Meca é o actual campeão mundial dos 25kms natação em águas abertas. Em 2003, em Barcelona, em águas que bem conhece foi 2º nos 25kms e 3º nos 10kms. E participou em mais de 30 eventos internacionais de natação. Em águas abertas nadou nos locais mais extremos, como por exemplo no Amazonas, rodeado de Piranhas.