sexta-feira, julho 28, 2006

Landis suspeito de "jogo sujo" (Ciclismo)

A vitória de Floyd Landis no Tour encontra-se suspensa, devido às suspeitas que este terá recorrido a substâncias proibídas para correr a etapa que terminou em Morzine, a qual venceu recuperando mais de 7 minutos na classificação geral. Segundo a sua equipa, Phonak Hearing Systems, Landis acusou positivo num controlo antidoping onde se constata que este continha uma taxa anormalmente elevada de testosterona no organismo, a equipa já requereu uma contra-análise e caso esta confirme o delito o americano será suspenso pela sua equipa e perderá a Volta a França para Óscar Pereiro.

É triste que o Ciclismo esteja a passar por esta situação onde todos são suspeitos e parecem querer dar razão àqueles que acusam a modalidade de ser a mais "suja" em termos de doping. Senão vejamos, os últimos vencedores das "3 Grandes Voltas" são suspeitos (e Heras já foi confirmado e condenado) de uso de substâncias proibídas, assim como Tyler Hamilton vencedor da última edição da prova de contra-relógio dos Jogos Olímpicos (apesar de esta, injustamente, já não lhe poder ser retirada e entregue ao verdadeiro campeão Viatcheslav Ekimov).

quinta-feira, julho 27, 2006

Mais um americano em Paris (Ciclismo)

O Tour de France deste ano já dava que falar antes de se ter iniciado mas não ficou obscurecido na sombra dos escândalos que o precederam e foi um dos mais emocionantes dos últimos anos. Com as ausências de Jan Ullrich e Ivan Basso, especialmente estes dois, devido ao escândalo de doping Operação Puerto, e também de certo modo Alexander Vinokourov, devido à ausência de elementos suficientes para a sua equipa poder comparecer no Tour, apontei ao início como principais favoritos: o espanhol Alejandro Valverde, os americanos Floyd Landis e Levi Leipheimer, o ucraniano Yaroslav Popovych e o russo Denis Menchov.

Alejandro Valverde voltou a não ser bafejado pela sorte e voltou a ter uma queda que o levou a abandonar a corrida (pelo segundo ano consecutivo). Yaroslav Popovich, ainda muito jovem (25 anos, venceu o ano passado a camisola branca), pareceu algo influenciado pela crise de liderança dentro da Discovery Channel depois da retirada de Armstrong, contudo ainda venceu uma etapa - a primeira após os Pirinéus. Levi Leipheimer não esteve ao seu melhor nível e o melhor que conseguiu foi chegar com Menchov e Landis (em segundo) numa importante etapa dos Pirinéus, acabou em 13º. Denis Menchov esteve bem, venceu uma etapa nos Pirinéus, disputou a liderança, mas acabou em 6º a cerca de 7 minutos de Landis.

O grande vencedor da edição deste ano foi novamente um americano - pela oitava vez consecutiva que assim é, trata-se da melhor série de conquistas consecutivas por parte de ciclistas de um país (os belgas conseguiram 7 nos anos 10 e 20). Floyd Landis superiorizou-se aos adversários e foi um justo vencedor, apesar de um erro estratégico por parte da sua equipa lhe poder ter tirado a vitória final, falo do facto de a sua equipa ter permitido uma fuga de quase 30 minutos a um grupo onde ia Óscar Pereiro, - já por várias vezes tinha assistido a situações onde a cedência de vantagens destas a certos ciclistas lhes permitia manterem-se no top-10 até ao final, como Andrei Kivilev (2001) e Michael Rasmussen (2005), mas - Pereiro já é naturalmente um ciclista para ocupar uma posição de destaque nas grandes competições (o ano passado foi 10º no Tour - uma posição atrás de Landis), é um corredor muito combativo - prémio que o ano passado venceu no Tour - e certamente com uma vantagem para defender (quando parecia já estar tudo perdido) torna-se um ciclista muito perigoso. Pareceu que a Phonak não queria entrar nos Alpes com a camisola amarela. Contudo, Landis não ficou longe e conseguiu recuperar a liderança dois dias depois na primeira etapa dos Alpes, deixando Pereiro a 10 segundos e a sensação que não iria voltar a perder a "amarela", no entanto, as etapas alpinas foram muito emocionantes e surpreendentes e no dia seguinte Landis perde mais de 8 minutos para Pereiro e cede a liderança, para no dia seguinte efectuar uma fuga espectacular e recuperar mais de 7 minutos. Deixou assim a discussão em aberto para o último contra-relógio onde era claramente favorito e se adivinhava facilmente que iria recuperar a liderança.

Landis que foi criado isolado do mundo numa comunidade Menonita, parece que gosta de sofrer, pois tem uma grave lesão na anca, devido a uma queda em 2002, que lhe provoca dores insuportáveis e com as quais não consegue dormir sem levar injecções, a lesão agravou-se durante o Tour e foi-lhe permitido tomar curtisona para tratar a lesão (medicamento que é considerado doping em situações normais). Mas, Landis, apesar de reconhecer que lhe doi quando anda e até quando corre recusou. Vai agora ser sujeito a uma cirurgia de substituição de anca.

Merecem, também, destaque nesta edição do Tour:
Andreas Klöden e Carlos Sastre, sempre muito regulares e a discutir os primeiros lugares das grandes voltas em que participam. Os autralianos Cadel Evans, pelo segundo ano consecutivo no top-10 do Tour, e Michael Rogers, o tri-campeão mundial de contra-relógio, pela primeira vez terminou o Tour e num surpreendente 10º lugar. Serhiy Honchar, que é um cliente habitual no topo do Giro, venceu os dois contra-relógios do Tour, numa especialidade onde já foi campeão mundial e conseguiu mais duas medalhas. Michael Rasmussen, pela segunda vez consecutiva venceu a classificação da montanha, ele que já foi campeão mundial de BTT e já trocou tarde de bicicletas, venceu nos Alpes de forma espectacular a etapa onde Landis "quebrou". Robbie McEwen, que pela terceira vez conseguiu vencer a camisola verde - tem ganho ano sim ano não - e apenas Erik Zabel (6) e Sean Kelly (4) têm mais vitórias que ele, foi sem dúvida o melhor sprinter da competição. Damiano Cunego, com 23 anos venceu o Giro este ano foi 4º (ou 2º se Basso e Gutierrez forem desclassificados), com 25 venceu a prova da juventude no Tour e mostra que se deve contar com ele para o futuro. Frank Schleck, tem 26 anos, o ano passado foi campeão luxemburguês e nesta edição do Tour venceu no Alpe d'Huez, é um ciclista a considerar nos próximos anos em etapas deste género.

Classificação Geral Final (Amarela):
1. Floyd Landis (EUA) Phonak Hearing Systems - 89h 39'30"
2. Oscar Pereiro (Esp) Caisse d'Epargne-Illes Balears - a 00' 57"
3. Andreas Klöden (Ale) T-Mobile Team - a 1'29"
4. Carlos Sastre (Esp) Team CSC - a 3'13"
5. Cadel Evans (Aus) Davitamon-Lotto - a 5'08"
6. Denis Menchov (Rús) Rabobank - a 7'06"
7. Cyril Dessel (Fra) Ag2r Prévoyance - a 8'41"
8. Christophe Moreau (Fra) Ag2r Prévoyance - a 9'37"
9. Haimar Zubeldia (Esp) Euskaltel-Euskadi - a 12'05"
10. Michael Rogers (Aus) T-Mobile Team - a 15'07"

Classificação por Pontos (Verde):
1. Robbie McEwen (Aus) Davitamon-Lotto - 288 pts
2. Erik Zabel (Ale) Team Milram - 199
3. Thor Hushovd (Nor) Crédit Agricole - 195

Classificação da Montanha (Branca com Bolas Vermelhas):
1. Michael Rasmussen (Din) Rabobank - 166 pts
2. Floyd Landis (EUA) Phonak Hearing Systems - 131
3. David De La Fuente (Esp) Saunier Duval-Prodir - 113

Classificação da Juventude (Branca):
1. Damiano Cunego (Itá) Lampre-Fondital - 89h 58'49"
2. Markus Fothen (Ale) Gerolsteiner - a 38"
3. Matthieu Sprick (Fra) Bouygues Télécom - a 1h 29'12"

Classificação por Equipas:
1. T-Mobile Team (Ale) - 269h 08'46"
2. Team CSC (Din) - a 17'04"
3. Rabobank (Hol) - a 23'26"

quarta-feira, julho 26, 2006

Portugal já tem um campo de Beisebol!

Foi inaugurado este sábado, em Abrantes, o primeiro campo com medidas oficiais para a prática de Beisebol em Portugal, é nas mesmas instalações que ficará sediada a Federação Portuguesa de Basebol e Softbol, a infraestutura faz parte da Cidade Desportiva de Abrantes e foi inaugurada por Laurentino Dias, Secretário de Estado da Juventude e Desporto, estiveram também presentes Nélson de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, e Sandra Monteiro, Presidente da Federação Portuguesa de Basebol e Softbol. Com estas instalações Portugal pretende candidatar-se à organização do Campeonato Europeu de 2007, as mesmas servirão também para a toda a formação da modalidade no nosso país. Para celebrar a inauguração de tão importante infraestrutura para a modalidade foi jogado um Portugal - Alemanha.

1º Campeonato Nacional de Futevólei

Foi realizado em Albufeira, de 21 a 23 de Julho, o 1º Campeonato Nacional de Futevólei. Esta modalidade apesar de ainda pouco institucionalizada já é bem conhecida por parte do público, pois será certamente um dos Desportos mais praticados, de forma amadora, durante o Verão no nosso país. É mais um Desporto de praia que teve origem nas praias brasileiras, assim, como o Futebol de Praia e serve para os "brinca na areia" se exibirem.

O campeonato teve organização da recém-criada Federação Nacional de Futevólei, participaram 22 duplas, que disputaram os 1.800 € de prémio (1º - 1.000€; 2º - 800 €; 3º - 500 €). A maioria das duplas era de Albufeira, sendo as restantes da Figueira da Foz e da Póvoa de Varzim. A Praia dos Pescadores assistiu como era de esperar a grandes espetáculos, o campeonato foi ganho pela dupla povoense Carlos Batista/Pedro Salvador, este último foi considerado o melhor jogador da competição, foram secundados por Gamboa/Chico Fonseca, também povoenses, na atribuição do 3º lugar Nathan/John, da Figueira da Foz, levaram a melhor sobre a dupla algarvia Van der Cruz/João Paulo. Como se pode observar alguns destes jogadores já jogaram Futebol profissional (no escalão principal português), enquanto, outros também jogam Futebol de Praia.

O ano passado a dupla Alan/Nathan, conhecidos da selecção nacional de Futebol de Praia, foi vice-campeã mundial e quarta classificada do Ranking Mundial, mas filiados em outra federação nacional de Futvolei (neste caso sem o "e" entre o "t" e o "v"), a Federação de Futvolei Portuguesa (FFvP).

A dupla campeã nacional de Futevólei, Carlos Batista (à esquerda) e Pedro Salvador (à direita).

terça-feira, julho 25, 2006

3ª Portugal Match Cup (Vela)

Chris Dickson, skipper do BMW Oracle Racing, venceu em Portugal a sua primeira etapa do World Match Racing Tour, naquela que foi a primeira etapa do Tour 2006/07. Nas meias-finais apenas a equipa de Peter Gilmour não fazia parte das inscritas na Taça América, ele que se posicionou em terceiro pelo segundo ano consecutivo. A 3ª edição da Portugal Match Cup trouxe ao nosso país alguns dos melhores competidores daquela que é modalidade mais espetacular da Vela, o Match Racing, proporcionando uma competição muito interessante de se assistir.

Primeira Fase: os três primeiros de cada grupo apuravam-se para os quartos de final, os restantes disputavam uma repescagem.

Grupo A
1. Chris Dickson (NZL) BMW Oracle Racing, 5-0*
2. Thierry Peponnet (FRA) Areva Challenge, 4-1*
3. Peter Gilmour (AUS) PST, 3-2*
4. Chris Law (GBR) The Outlaws, 1-4
5. Lotte Meldgaard (DIN) HSH Nordbank, 1-4
6. Mathieu Richard (FRA) Saba Sailing Team, 1-4

Grupo B
1. Magnus Holmberg (SUÉ) Victory Challenge, 4-1*
2. Staffan Lindberg (FIN) Alandia Sailing Team, 3-2*
3. Jes Gram-Hansen (DIN) Mascalzone Latino – Capitalia Team, 3-2*
4. Ian Williams (GBR) Williams Sail Racing, 2-3
5. Álvaro Marinho (POR) Quebramar Match Racing Team, 1.5-3
6. Przemek Tarnacki (POL) Tarnacki Racing/Sopot MR Center, .5-4

Repescagem: os dois primeiros qualificavam-se para os quartos de final.
1. Chris Law, 4-1
2. Mathieu Richard, 4-1
3. Ian Williams, 3-2
4. Przemek Tarnacki, 2-3
5. Álvaro Marinho, 1-4
6. Lotte Meldgaard, 1-4

Fase Final
Quartos-de-Final
Chris Dickson (NZL) BMW Oracle Racing, 2
Mathieu Richard (FRA) Saba Sailing Team, 1

Peter Gilmour (AUS) PST, 2
Staffan Lindberg (FIN) Alandia Sailing Team, 0

Thierry Peponnet (FRA) Areva Challenge, 1
Jes Gram-Hansen (DIN) Mascalzone Latino – Capitalia Team, 2

Magnus Holmberg (SUÉ) Victory Challenge, 2
Chris Law (GBR) The Outlaws, 0

5º ao 8º Lugar
Mathieu Richard vence Staffan Lindberg
Chris Law vence Thierry Peponnet

7º Lugar
Thierry Peponnet vence Staffan Lindberg

5º Lugar
Mathieu Richard vence Chris Law

Meias-Finais
Magnus Holmberg (SUÉ) Victory Challenge, 3
Jes Gram-Hansen (DIN) Mascalzone Latino – Capitalia Team, 2

Chris Dickson (NZL) BMW Oracle Racing, 3
Peter Gilmour (AUS) PST, 1

3º Lugar
Peter Gilmour (AUS) PST, 2
Jes Gram-Hansen (DIN) Mascalzone Latino – Capitalia Team, 1

Final
Chris Dickson (NZL) BMW Oracle Racing, 3
Magnus Holmberg (SUÉ) Victory Challenge, 2


CLASSIFICAÇÃO FINAL:
Prize Money: USD100,000 Skipper (País) Equipa, Prize Money
1. Chris Dickson (NZL) BMW Oracle Racing, $35,000
(Zack Hurst, Jann Neergaard, Kazuhiko Sofuku, Paul Westlake)
2. Magnus Holmberg (SUÉ) Victory Challenge, $20,000
(Anders Dahlsjò, Lars Linger, Mal Parker, Stefan Rahm)
3. Peter Gilmour (AUS) PST,$15,000
(Rod Dawson, Christian Scherrer, Ed Smyth, Yasuhiro Yaji)
4. Jes Gram-Hansen (DIN) Mascalzone Latino –Capitalia Team, $8,000
(Matteo Auguadro, Pierluigui Defelice, Rasmus Kostner, Chresten Plinius)
5. Mathieu Richard (FRA) Saba Sailing Team, $7,000
(Greg Evrard, Olivier Herledant, Jean-Philippe Saliou, Yannick Simon)
6. Chris Law (GBR) The Outlaws, $6,000
(Matt Cornwell, Charles Nankin, Piotr Przybylski, Henrik Walderyd)
7. Thierry Peponnet (FRA) Areva Challenge, $5,000
(Tanguy Cariou, Benoit Briand, Hervé Cunningham, Thierry Douillard)
8. Staffan Lindberg (FIN) Alandia Sailing Team, $4,000
(Nils Bjerkas, Niklas Carlzon, Carl-Johan Skoterstan, Daniel Wallberg)
9. Ian Williams (GBR) Williams Sail Racing,
(Laurie Jury, Mark Nicholls, Richard Sydenham, Mark Williams)
10. Przemek Tarnacki (POL) Tarnacki Racing/Sopot MR Center,
(Marcin Banaszek, Pawel Goski, Zbigniew Gutkowski, Miroslaw Szynczak)
11. Álvaro Marinho (POR) Quebramar Match Racing Team,
(Rúbrio Basílio, Antonio Fontes, Miguel Nunes, Diogo Pereira)
12. Lotte Meldgaard (DIN) HSH Nordbank,
(Inge Ebbensgaard, Nina Grunow, Anne Mirup-Petersen, Mia Nielsen, Christina Refn)


CLASSIFICAÇÃO DO CIRCUITO 2006-’07
1. Chris Dickson (NZL) BMW Oracle Racing, 25 pontos
2. Magnus Holmberg (SUE) Victory Challenge, 20 pontos
3. Peter Gilmour (AUS) PST, 15 pontos
4. Jes Gram-Hansen (DIN) Mascalzone Latino – Capitalia, 12 pontos
5. Mathieu Richard (FRA) Saba Sailing Team, 10 pontos
6. Chris Law (GBR) The Outlaws, 8 pontos
7. Thierry Peponnet (FRA) Areva Challenge, 6 pontos
8. Staffan Lindberg (FIN) Alandia Sailing Team, 4 pontos

Master's Futebol Praia 2006

Depois da Liga Nacional está aí o Master's de Futebol de Praia. A prova está dividida em duas partes: a fase de apuramento (Norte e Sul, apenas de escalonamento para a próxima fase) e fase final (eliminatória). Nela participam oito equipas (sete dos mais importantes clubes nacionais e a Associação de Futebol de Leiria):

Grupo A (Praia Santa Cruz – Torres Vedras)
Sporting CP
SL Benfica
Vitória FC (Setúbal)
CF "os Belenenses"

Grupo B (Praia Foz do Arelho – Caldas da Rainha)
FC Porto
Boavista FC
A Académica de Coimbra
AF Leiria

O Grupo A é bastante mais equilibrado e é disputado por 3 equipas candidatas ao título Sporting CP, SL Benfica e Vitória FC (Setúbal), enquanto que, no Grupo B o FC Porto é claramente a equipa mais forte. O Vitória FC (Setúbal) é de incluir nas contas para a vitória final, pois já este ano venceu SL Benfica e Sporting CP, e na última etapa da Liga Nacional apenas perdeu com FC Porto por um golo, num jogo muito equilibrado em que a sorte bafejou mais o seu adversário.

A fase de apuramento decorreu no passado fim-de-semana e teve como vencedores SL Benfica e FC Porto. O Grupo A teve como era de esperar jogos equilibrados, enquanto que, o Grupo B foi desequilibrado em todos os jogos, das equipas deste grupo apenas se espera que o FC Porto se apure para as meias-finais.

Grupo A
22 de Julho
SL Benfica 6-3 CF "os Belenenses"
Vitória FC (Setúbal) 5-3 Sporting CP

23 de Julho
3º e 4º Lugar (Grupo A)
CF "os Belenenses" 2-6 Sporting CP
Final
SL Benfica 3-2 (ap) Vitória FC (Setúbal)


Grupo B
22 de Julho
Boavista FC 4-11 A Académica de Coimbra
AF Leiria 5-11 FC Porto

23 de Julho
3º e 4º Lugar
Boavista FC 3-12 AF Leiria
Final
FC Porto 6-2 A Académica de Coimbra


Fase Final (Praia do Meco – Sesimbra)
28 de Julho 2006
14:00 Jogo 1 Vitória FC (Setúbal) - AF Leiria
15:00 Jogo 2 Sporting CP - A Académica de Coimbra
16:00 Jogo 3 SL Benfica - Boavista FC
17:00 Jogo 4 Belenenses - FC Porto

29 de Julho 2006
Meias-Finais
15:00 Vencedor Jogo 1 - Vencedor Jogo 3
16:00 Vencedor Jogo 2 - Vencedor Jogo 4

30 de Julho 2006
16:00 3º e 4º Lugar
17:00 Final

Tenho uma crítica a apontar à organização do Torneio: não faz sentido os finalistas de cada uma das etapas, em caso de vitótia na primeira eliminatória da fase final, se defrontarem nas meias-finais.

A organização da prova está a cargo da R3 Eventos e será transmitida pela SportTV, em resumos das etapas e em directos da Final e jogo de apuramento do 3º lugar.

segunda-feira, julho 24, 2006

47º Campeonato Europeu de Hóquei em Patins (Finais)

A Espanha venceu o seu 13º título europeu de Hóquei em Patins, 4º consectivo (igualou a sua melhor série), e finalmente ultrapassou a Inglaterra na lista de vencedores. As meias finais decorreram sem grandes surpresas com a Espanha a vencer naturalmente Portugal por 5-1 (Reinaldo Ventura marcou o golo de Portugal), apesar de ter sido um jogo equilibrado na 1ª parte, mas a superior qualidade e sobretudo experiência da selecção espanhola acabou por prevalecer, a Espanha marcou primeiro e depois "matou" como se esperava o jogo em contra-ataque, este resultado acaba por não ser nem surpreendente nem escandaloso, pois Portugal apresentou uma equipa jovem ainda sem capacidade para poder jogar de igual para igual com esta Espanha. Considero o resultado da final do Europeu de 2000 (3-6) bastante mais escandaloso que este, quando a experiente selecção portuguesa perdeu com a congénere espanhola que estava ainda em formação, numa noite desastrosa de Paulo Alves. Na outra meia-final aconteceu aquilo que teria que acabar por acontecer mais cedo ou mais tarde e a selecção italiana em claro declínio foi eliminada pela Suíça, que já merecia ver o seu esforço recompensado, o jogo terminou empatado 2-2 no final do tempo regulamentar e assim continuou no prolongamento, sendo decidido a favor da Suíça por 3-1 na marcação de grandes penalidades. Não posso dizer que seja uma surpresa completa pois já tinha previsto imensas dificuldades para a Itália neste jogo e como a Suíça é a boa selecção que não quis mostrar contra Portugal acaba por ser um resultado natural.

Na final a Espanha venceu a Suíça por 2-0 e conquistou o Campeonato Europeu tal como era previsível antes da competição iniciar, a Suíça está de parabéns por atingir a sua segunda final ao repetir o feito de 1937, contudo ainda está uns furos abaixo das grandes selecções e para isso contribui o seu fraco campeonato interno. Foi a primeira vez desde 1981 que uma selecção para além dos 'três grandes' atinge o pódio do Europeu, na altura a Holanda ficou em 3º à frente da Itália, e apenas a terceira vez desde a II GM que a final não é disputada por duas destas selecções, as outras "intrometidas" foram Bélgica em 1947 e Inglaterra em 1948. Na luta pelo terceiro lugar Portugal venceu a Itália 5-4 (com golos de Sérgio Silva (2), Ricardo Barreiros e Vítor Hugo (2)), apesar do resultado equilibrado Portugal foi sempre uma equipa superior à Itália. Portugal acabou por ser a segunda melhor equipa do campeonato apesar de se ter classificado atrás da Suíça, equipa a quem ganhou por 7-0. A Itália que não teve vergonha em humilhar-se durante o campeonato acabou por sair justamente ainda mais humilhada deste Europeu que organizou. Apesar de ter poupado os golos contra a Áustria foi um jogador italiano que se sagrou o melhor marcador do campeonato, Francesco Dolce com 12 golos, o único ponto de honra na participação da equipa da casa.

Em relação às outras equipas destaque para a França que como era esperado depois de ter perdido o seu campeonato (com a Suíça e que como se pode ver poderia ter repercussões superiores) garantiu a 5ª posição. Quem surpreendeu realmente foi a selecção inglesa, treinada pelo português Carlos Amaral, ao terminar na 6ª posição quando tinha sido a única equipa a não se qualificar para os quartos-de-final (resultado de ter jogado no grupo de França e Espanha), venceu todos os jogos da poule final (onde venceu a Áustria por 6 golos mais dois que a Itália), esta que é uma selecção muito jovem e não é a principal do país, pois esses estão a "poupar" dinheiro para poder participar no próximo Mundial. A Alemanha apresentou-se mais fraca que há 2 anos atrás e classificou-se em 7º lugar. De Andorra esperava-se o 6º lugar mas terminou em 8º, talvez devido a ter sido a única a ter que realizar 4 jogos nesta fase, venceu a Áustria e perdeu os restantes jogos por um golo de diferença, depois de ter perdido apenas por três contra Portugal e dois contra a Suíça, é uma selecção com algum futuro mas tem que aprender a atacar tão bem como defende. A Áustria como se esperava foi a última classificada perdendo todos os jogos, saí tendo como melhor resultado o jogo contra a Itália (0-4).


Poule de apuramento do 5º lugar ao 9º lugar
21 de Julho
França 2-0 Alemanha
Andorra 9-3 Áustria
Inglaterra 2-1 Alemanha
Andorra 2-3 França
22 de Julho
Inglaterra 3-2 Andorra
Áustria 0-8 França
Alemanha 1-0 Andorra
Áustria 4-10 Inglaterra

Meias-Finais
21 de Julho
Espanha 5-1 Portugal
Suíça 2-2 (3-1) Itália

22 de Julho
Apuramento do 3º lugar
Portugal 5-4 Itália

Final
Espanha 2-0 Suíça

Classificação:
1. Espanha
2. Suíça
3. Portugal
4. Itália
5. França (12 pts)
6. Inglaterra (9 pts)
7. Alemanha (6 pts)
8. Andorra (3 pts)
9. Áustria (0 pts)

sexta-feira, julho 21, 2006

Mundial de Basquetebol Japão 2006: Grupo A

Aí está o Mundial de Basquetebol, desta vez no país do sol nascente, o que é o mesmo que dizer no Japão. Sinal de que a FIBA quer expandir-se para novos mercados e que o novo mercado do Basquetebol é a Ásia. Yao Ming oblige...
Vamos então, como é da praxe no 1001, analisar as poules em que está organizado o campeonato.

Comecemos então pelo Grupo A, um dos grupos mais aliciantes, constituído por:
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Argentina - Os actuais campeões olímpicos continuam tão potentes como sempre. Sem lesões nem renuncias de ultima hora (daquelas inesperadas e convenientes - especialmente para as equipas). Regressam Luis Scola (Tau Ceramica), Andres Nocioni (Chicago Bulls), Manu Ginobili (San Antonio Spurs) e outros 7 campeões de Atenas. A única dúvida prende-se com Pablo Prigioni, que se encontra lesionado. Uma equipa menos forte no jogo interior, com veteranos como Fabricio Oberto e Rubén Wolkowyski, que já se encontram perto do fim da carreira. Ficarem de fora do pódio será uma grande surpresa e uma enorme desilusão para uma das mais brilhantes selecções de Basquetebol dos últimos 20 anos.
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França - São capazes do melhor e do pior. Têm dois dos jogadores "Não Americanos" da NBA mais talentosos, casos de Boris Diaw (Phoenix) e Tony Parker (San Antonio Spurs). O que significa que têm instruções para não se esforçarem muito de modo a não se lesionarem e arriscarem a próxima época. Além destes dois, de assinalar Mickaël Pietrus e Mickaël Gélabale. Um jogo interior ainda pior que o da argentina e que se limita a defender. Tony Parker jogou a alto nível esta época, tendo atingido o estatuto de All-Star na NBA. Contudo, foi eliminado muito cedo no Playoff pelo que a frustração que acumulou pela saída prematura poderá dar-lhe forças para a França atingir o pódio. As prestações da França sempre uma incógnita.
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Sérvia e Montenegro - Os campeões de 1998 e 2002 dificilmente vão revalidar o seu título. Diversos factores contribuem para isso e a lista é grande:
1. Lutas interinas na federação com alguns antigos jogadores a tomar o poder e a remover a "velha guarda" que está na federação desde o tempo do Marechal Tito
2. Jogadores muito jovem que foram para a NBA e que não se desenvolveram nem como basquetebolistas nem principalmente como homens. O caso mais flagrante é o de Darko Milic que tendo sido escolhido na segunda posição do draft da NBA, raramente saia do banco dos Detroit Pistons.
3. As diversas convulsões políticas que levaram à divisão entre a Sérvia e o Montenegro.
4. Um campeonato pouco competitivo.
5. Quando os talentos não surgem têm de ser os veteranos a dar o passo em frente mas neste caso eles deram um passo atrás e fugiram. Pedja Stojakovic, Dejan Bodiroga, Zeljko Rebraca, Dejan Tomasevic, Milan Gurovic, Vlado Scepanovic, Vladimir Radmanovic, Marko Jaric e Milos Vujanic, um conjunto de jogadores muito talentosos que não vão ao Japão. E Kristic, que fez uma época muito positiva nos New Jersey Nets, também ameaça não ir. Será pois uma equipa muito jovem, inexperiente e imersa em problemas que desembarca no mundial. Para o 1001desportos a Sérvia não conta para o título.
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Venezuela - Uma autêntica desconhecida. Já não existe o velho Carl Herrera. No confronto com o Nigéria será decidido quem passa aos oitavos-de-final.
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Nigéria – Vão tentar, contra a Nigéria, a qualificação para os oitavos-de-final, mais do que isso será inesperado.
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Líbano - Carne para Canhão . Provavelmente vai averbar 5 derrotas.
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Previsão do 1001 desportos de classificação do grupo A do mundial do Japão:
1º Argentina
2º França
3º Sérvia e Montenegro
4º Nigéria
5º Venezuela
6º Líbano

quinta-feira, julho 20, 2006

47º Campeonato Europeu de Hóquei em Patins (Quartos-de-Final)

Hoje foram jogados os quartos-de-final do Europeu de Hóquei em Patins, nesta fase Portugal defrontou a Áustria e teve exactamente o jogo fácil que se esperava, acabando por vencer o jogo por bastante expressivos 24-0 (marcadores: Tiago Rafael (2); Jorge Silva (3); Reinaldo ventura (4); Sérgio Silva (2); Ricardo Barreiros (6); Vítor Hugo (4); Pedro Moreira (2); e Valter Neves). Como é hábito nestes jogos Portugal gosta de dar espetáculo e marcar muitos golos, foi isso que aconteceu hoje frente a um adversário muito frágil, de um país onde o Hóquei em Patins parece não estar a evoluir muito. Portugal valorizou o espetáculo e por isso está de parabéns. Desta vez o seleccionador fez uma boa rodagem da equipa e até João Pereira teve a sua merecida oportunidade. Contudo amanhã não se esperam quaisquer facilidades pois a nossa selecção vai defrontar a equipa mais forte do campeonato, a Espanha, e para poder causar surpresa vai ter que apresentar o seu cinco base em grande forma (Carlos Silva, Valter Neves, Sérgio Silva, Reinaldo Ventura e Ricardo Barreiros), pois do banco não espero que saia ninguém capaz de jogar em pé de igualdade com os jogadores espanhóis, contudo são jogadores jovens que podem vir a ser úteis no futuro, no entanto não estarão ao nível de jogadores como Valter Neves e Ricardo Barreiros que também são ainda muito jovens e não antevejo que alguma vez venham a atingir o nível dos grandes jogadores dos anos 90.

Hoje no único jogo equilibrado dos quartos-de-final a Suíça venceu a França na luta daquele que tem sido o duelo habitual para decidir o 4º lugar europeu desde há muitos anos para cá, desde 1994 que é sempre um deles a atingir essa posição. Estas equipas têm até conseguido resultados equilibrados contra os '3 grandes', por exemplo a França em 2003 esteve quase a conseguir ser a segunda selecção na história a vencer Portugal num Campeonato Mundial realizado em Portugal (apenas a Itália o conseguiu por uma vez), mas acabou por perder 4-3, em 2004 no Europeu conseguiu ir a prolongamento contra Portugal nos quartos-de-final. A verdade é que para além destas selecções o Hóquei em Patins europeu tem vindo a perder equilíbrio, no início da década de 1990 Holanda, Alemanha, França e Suíça lutavam entre si pelo 4º lugar o que tornava os campeonatos mais interessantes, a Holanda chegou mesmo à final do Mundial de 1991 contra Portugal e em 1994 ficou com os mesmos pontos que Portugal e Espanha na fase de grupos do Europeu (venceu a Espanha) e apenas foi eliminada na diferença de golos. Hoje em dia a Holanda quase desapareceu do Hóquei em Patins europeu, Andorra quando parecia estar a progredir também andou uns anos desaparecida, só a Alemanha deu um ar da sua graça no último Europeu ao bater a França (que tinha como já disse jogado um prolongamento com Portugal) na luta pelo 5º lugar. Na minha opinião seria mais interessante ter um campeonato com apenas 6 equipas a defrontarem-se todas na luta pelo título e criar uma segunda divisão para as outras equipas competirem num nível mais equilibrado, talvez até surgissem equipas há algum tempo desaparecidas no Hóquei em Patins europeu, como a Bélgica e a Holanda. Há que pensar em estratégias para fazer evoluir a modalidade e este Europeu não trouxe certamente nada de positivo.

Quartos-de-final
20 Julho
França 3-4 Suíça
Espanha 10-0 Alemanha
Itália 11-1 Andorra
Portugal 24-0 Áustria
Meias-finais
21 Julho
Portugal - Espanha (17:30, RTP1)
Itália - Suíça

47º Campeonato Europeu de Hóquei em Patins (1ª Fase)

Cada vez pior!! Quando pensava que o formato do Europeu de Hóquei em Patins já não tinha nada pior a oferecer eis que me deparo com outra surpresa! Se o escalonamento dos quartos-de-final é o ridículo que já referi as meias-finais também não escapam à vergonha que é este Europeu, certamente com o pior formato já alguma vez efectuado, afinal o melhor primeiro classificado da fase de grupos caso se apure para as meias-finais (e apura-se) vai defrontar não o vencedor do jogo entre os segundos classificados mas o vencedor do encontro que o pior primeiro classificado vai disputar. O que levou a que hoje a Itália (que já sabia os outros resultados) ganhasse por 4-0 e apenas 4-0 sem poder marcar mais nem sofrer qualquer golo de modo a ser o segundo melhor primeiro classificado da fase de grupos.

Outra regra sem muito sentido, mas neste caso generalizada a todo o Hóquei em Patins entre selecções, é a que em caso de igualdade na diferença de golos não é quem marca mais golos que leva vantagem (o que com este formato já nem interessava nada), no Mundial de 1999 Portugal e Argentina ficaram empatados na fase de grupos com os mesmos pontos e diferença de golos e a Argentina qualificou-se em primeiro com menos golos marcados, o que a levou a ter um calendário mais acessível. Neste caso Portugal tornou-se inesperadamente no melhor primeiro classificado já que todas os primeiros classificados dos grupos tiveram a mesma diferença de golos e Portugal não sofreu qualquer golo (e será muito difícil marcar golos a Portugal, não que a defesa esteja a jogar muito bem mas o guarda-redes, Carlos Silva, tem estado impecável). Mas a Itália escolheu ser apenas o segundo melhor primeiro classificado (tal como reconheceu Alessandro Bertolucci, o que até nem era necessário), assim como a Suíça escolheu ser o pior segundo classificado ao perder por 7-0 com Portugal, bastando-lhe depois não ganhar por mais de dois golos a Andorra.

1ª Fase
Dia 17
A Espanha 8-0 Inglaterra
B Itália 7-1 Alemanha
C Portugal 3-0 Andorra

Dia 18
A Inglaterra 0-5 França
B Áustria 3-5 Alemanha
C Portugal 7-0 Suíça

Dia 19
A França 2-4 Espanha
B Itália 4-0 Áustria
C Suíça 4-2 Andorra

Grupo A
Espanha 6 pts (12-2)
França 3 pts (7-4)
Inglaterra 0 pts (0-13)

Grupo B
Itália 6 pts (11-1)
Alemanha 3 pts (6-10)
Áustria 0 pts (3-9)

Grupo C
Portugal 6 pts (10-0)
Suíça 3 pts (4-9)
Andorra 0 pts (2-7)


Dia 20 (Quartos-de-final)
França - Suíça
Espanha - Alemanha
Itália - Andorra
Portugal - Áustria

quarta-feira, julho 19, 2006

47º Campeonato Europeu de Hóquei em Patins (2ª Jornada)

No meu último artigo sobre o Europeu de Hóquei em Patins referi que este formato em que está organizado o Europeu de Hóquei em Patins era uma anedota, no entanto ainda eu não estava a par de tudo e faço aqui mea culpa por considerar que apesar de ridículo o formato se iria reger por alguma lógica. Contudo nos quartos-de-final o segundo melhor segundo classificado vai ter que jogar com o pior primeiro classificado, enquanto que o pior segundo classificado vai defrontar o outro segundo classificado... não tem lógica nenhuma! Em qualquer prova a soma deste género o 1º joga com o 8º e todas as somas de classificações entre as equipas que se defrontam deve somar 9. Sendo assim França e Suíça que discutem nos últimos anos com muito mérito o 4º lugar europeu provavelmente não o vão fazer e aquela que melhores resultados obtiver contra outras equipas é que terá acesso às meias-finais. Ora neste modelo equipas do mesmo grupo podem defrontar-se nos quartos-de-final e é o que acontecerá provavelmente entre Portugal e Suíça. Portugal que estava condenado desde o início da competição a ser o pior primeiro classificado devido às equipas que lhe foram "sorteadas".

Portugal defrontou ontem a Suíça e muito surpreendentemente goleou por 7-0, um resultado inesperado perante uma selecção que tem obtido bons resultados nos últimos anos (perdeu 3-2 com Portugal no último Mundial) mas assim poderá ser o pior segundo classificado e assim evitar jogar com um primeiro nos quartos-de-final... contingências deste sistema. Se Portugal tivesse obtido um resultado semelhante perante Andorra talvez não viesse a ser o pior primeiro classificado, mas a equipa andorrenha defendeu muito bem, melhor que a Suíça, e não se esperam facilidades para a Suíça amanhã. O jogo começou com Portugal a entrar fulgurante mas cedo o jogo se tornou monótono, até que Sérgio Silva a meio da primeira parte marcou um golo numa boa jogada individual e a partir dái o jogo ficou mais aberto e interessante. Ao intervalo Portugal vencia por 2-0 e na segunda parte acabou por conseguir dilatar confortavelmente a vantagem devido à Suíça ter priveligiado mais o seu ataque. Marcaram Sérgio Silva (2), Ricardo Barreiros, Vítor Hugo, Jorge Silva (2) e Reinaldo Ventura. Até cerca de 10 minutos do fim do jogo questionava-me porque razão se tinham levado jovens para renovar a selecção se afinal eles não tinham ido para jogar, já contra Andorra o aniversariante Pedro Moreira tinha assistido ao jogo todo no banco, e Sérgio Silva continuava em campo sem ainda ter descansado, ele que é talvez o jogador mais importante da selecção. Se era para irem jovens para ganhar experiência no banco até se podiam ter levado mais e colocavam-se a assistir ao jogo na bancada! Mas Paulo Batista no final do jogo optou por dar oportunidades a todos (menos a João Pereira que já vai na terceira grande competição como guarda-redes suplente).

Calendário
1ª Fase
Dia 17
A Espanha 8-0 Inglaterra
B Itália 7-1 Alemanha
C Portugal 3-0 Andorra

Dia 18
A Inglaterra 0-5 França
B Áustria 3-5 Alemanha
C Portugal 7-0 Suíça

Dia 19
A França - Espanha
B Itália - Áustria
C Suíça - Andorra

Dia 20 (Quartos-de-final)
10: Melhor segundo classificado - Pior segundo classificado
11: Melhor primeiro classificado - Segundo melhor terceiro classificado
12: Segundo melhor primeiro classificado - Melhor terceiro classificado
13: Terceiro melhor primeiro classificado - Segundo melhor classificado
Pior terceiro classificado folga

Dia 21
(Apuramento do 5º ao 9º lugares, se duas equipas se tiverem defrontado na 1ª Fase o resultado desse jogo é o que conta para esta classificação)
Derrotado do jogo 10 - Derrotado do jogo 11
Derrotado do Jogo 13 - Pior terceiro classificado
Derrotado do jogo 12 - Derrotado do jogo 10
Derrotado do jogo 11 - Derrotado do Jogo 13
Pior terceiro classificado - Derrotado do jogo 12

(Meias-finais)
Vencedor do jogo 13 - Vencedor do jogo 11
Vencedor do jogo 12 - Vencedor do jogo 10

Dia 22
Apuramento do 5º ao 9º lugares
Derrotado do jogo 13 - Derrotado do jogo 10
Derrotado do jogo 10 - Pior terceiro classificado
Derrotado do jogo 11 - Derrotado do jogo 12
Pior terceiro classificado - Derrotado do jogo 11
Derrotado do jogo 12 - Derrotado do jogo 13

Apuramento do 3º Lugar
Final

Momentos perfeitos

Com motivo do 28 aniversário, da prova perfeita de Nadia Comaneci, com apenas 14 anos, (e 35 kg de peso), nas paralelas, nos Jogos de Montreal, a Fox Sport fez o Top 10, das melhores performances da história do desporto, vale a pena ver:

Top 10 Fox Sports
1. Nadia Comaneci (Ginástica)
2. Don Larsen (Beisebol)
3. Rocky Marciano (Boxe)
4. Christian Laettner (Basquetebol)
5. Mark Spitz (Natação)
6. Secretariat (Hípica)
7. Sandy Koufax (Beisebol)
8. Fabio Grosso (Futebol)
9. Eric Heiden (Patinagem)
10. Scott Wedman (Basquetebol)

terça-feira, julho 18, 2006

Portugal Match Cup 2006 (Match Racing, Vela)

Inicia-se a partir de hoje (18 de Julho) até ao próximo dia 23, na Baía de Cascais, a Portugal Match Cup em Vela na classe de Match Racing, trata-se da primeira etapa do World Match Racing Tour 2006/07, que é o maior campeonato internacional desta especialidade da Federação Internacional de Vela (ISAF), a prova conta para o Ranking Mundial da categoria, sendo um evento de grau 1 da ISAF. A prova de Cascais disputa-se em embarcações da classe Swedish Match 40. Nela participam alguns skippers da Taça América, pois é um evento com o mesmo formato, regras e juízes da maior competição de Vela a nível mundial. A Baía de Cascais é considerada pelos velejadores como um dos melhores planos de água do mundo para competições deste tipo, o que a torna um excelente local de treino para a Taça América, que se disputa para o ano em Valência.

As equipas da Taça America utilizam regularmente embarcações mais pequenas, utilizadas no World Match Racing Tour (WMRT), de modo a aperfeiçoar a sua técnica na disciplina de match racing, defrontando alguns dos mais jovens e promissores velejadores a nível mundial. O WMRT distribui no total das 8 etapas do circuito aproximadamente 800 mil dólares, estando destinados à prova portuguesa 100 mil dólares (30 mil para o vencedor), o que a torna uma das mais apreciadas pelos competidores. Como as regatas decorrem junto à costa com percursos facilmente identificáveis e embarcações idênticas fornecidas pela organização torna-a um espetáculo apreciável em terra, também com muito mediatismo televisivo, o circuito apresenta 150 horas de cobertura televisiva para mais de 606 milhões de lares em todo o mundo.

A Portugal Match Cup deste ano conta com 12 embarcações convidadas, uma delas a sair da 1ª edição da Portugal Women’s Match Cup (onde competiram 6 embarcações entre 14 e 17 de Julho, prova que também pertence ao circuito mundial feminino e conta para o Ranking Mundial). As tripulações têm 5 elementos cujo peso total máximo é de 437,5 kg. A competição decorre inicialmente num sistema de todos contra todos, onde as 12 tripulações defrontam uma vez cada um dos seus adversários, as oito com mais vitórias passam aos quartos-de-final onde quem obtiver duas vitórias se qualifica para as meias-finais, nas meias-finais e final o vencedor é encontrado à melhor de 5 regatas.

A WMRT 2005/06 terminou no passado dia 16 com a Locman Cup – Elba Island, em Porto Azurro. O vencedor do último WMRT (prova patrocinada pela BMW) foi o australiano Peter Gilmour (Pizza-La Racing Team), ele que já era o único a ter ganho 2 edições da competição, com as vitórias em 2003/04 (com um recorde de 135 pontos) e 2004/05, já conseguiu vencer 11 provas no circuito e o ano passado foi 3º na etapa portuguesa. Com as suas 11 vitórias Gilmour é o recordista de vitórias em etapas, seguido do sueco Magnus Holmberg e do neozelandês Russel Coutts com 6 vitórias cada, este último participando apenas em 11 etapas do circuito. O vencedor do Portugal Match Cup no ano passado foi o suíço Peter Holmberg skipper do Team Alinghi e vencedor do cirduito em 2000/01 e apenas 10º na última edição.

Apenas as 7 melhores pontuações contam para o Tour. A partir de 2007 ao vencedor vai ser atribuído o título de ISAF Match Racing World Champion.

Pontos (e Prémio):
1- 25 ($30.000); 2- 20 ($20.000); 3- 15 ($12.500); 4- 12 ($10.000); 5- 10 ($9.000); 6- 8 ($7.500); 7- 6 ($6.000); 8- 4 ($5.000).

Participantes:
Skipper - Embarcação - Classificação no Ranking Mundial
Peter Gilmour AUS - Pizza La Sailing Team - 1º
Staffan Lindberg FIN - Alandia Sailing Team - 2º
Ian Williams GBR - Williams Sail Racing - 5º
Mathieu Richard FRA - Saba Sailing Team - 8º
Thierry Peponnet FRA - AREVA Challenge - 14º
Magnus Holmberg SUÉ - Victory Challenge - 17º
Jes Gram-Hansen DIN - Mascalzone Latino Capitalia Team - 19º
Chris Dickson NZL - BMW Oracle Racing Team - 21º
Chris Law GBR - The Outlaws - 23º
Przemek Tarnacki POL - Tarnacki Racing/Sopot MR Center - 49º
Álvaro Marinho POR - QUEBRAMAR / SETH.PT / ENUPOR TEAM - 205º
Lotte Meldgaard DIN - Team HSH Nordbank — Vencedora da Portugal Women’s Cup


Classificação do WMRT 2005/06
1. Peter Gilmour AUS, PST - 113 pontos (prémio: $30,000 e BMW X3 3.0i no valor de $45,000)
2. Ian Williams GBR, Williams Sail Racing - 63 pontos
3. Staffan Lindberg FIN, Alandia Sailing Team - 61 pontos
4. Jesper Bank DIN, United Internet Team Germany - 45 pontos
5. Ben Ainslie GBR, Emirates Team New Zealand - 45 pontos
6. Ed Baird EUA, Alinghi - 32 pontos
7. Gavin Brady NZL, BMW Oracle Racing - 32 pontos
8. Thierry Peponnet FRA, Areva Challenge - 32 pontos

Historial
Ano - Skipper- Nacionalidade - Pontuação - Prémio

2000 Bertrand Pacé, FRA, 114 pontos, $50,000
2000-01 Magnus Holmberg, SUÉ, Team Stora Enso, 104 pontos, $60,000
2001-02 Peter Holmberg, SUÍ, USVI/Oracle BMW Racing, 120 pontos, $60,000
2002-03 Jesper Radich, DIN, Team Radich, 111 pontos, $60,000
2003-04 Peter Gilmour, AUS, Pizza-La Sailing Team, 135 pontos, $60,000
2004-05 Peter Gilmour, AUS, Pizza-La Sailing Team, 117 pontos, $60,000 e BMW 545i Touring

segunda-feira, julho 17, 2006

47º Campeonato Europeu de Hóquei em Patins

Começou hoje em Monza (Itália) a 47ª edição do Campeonato Europeu de Hóquei em Patins. Portugal apresenta novamente uma tentativa de renovar a selecção, Paulo Batista seleccionou 5 novos jogadores em relação ao último Campeonato Mundial, quando aí já tinha sido feita uma renovação com 5 novos jogadores. Está-se a tentar encetar uma renovação como aquela que os espanhóis conseguiram com sucesso, no entanto as circunstâncias não são as mesmas, não possuímos jogadores com a mesma qualidade dos jogadores espanhóis da geração de Pedro Gil e ao contrário de "nuestros hermanos" não seguimos a renovação a ponto de a levar a funcionar. Se a geração de Valter Neves, Ricardo Barreiros, Ricardo Figueira (este um pouco mais velho), Ricardo Oliveira, Carlos Silva, Pedro Afonso e Rui Ribeiro tinha muito para se tornar um sucesso, não lhes foi permitido continuar o trabalho desenvolvido, restando agora apenas Carlos Silva (estreante) e os geniais Valter Neves e Ricardo Barreiros. Se é verdade que alguns jogadores desta geração nunca me conseguiram convencer, como Pedro Afonso ou Ricardo Figueira, também é verdade que os jovens chamados a este Europeu não me parecem capazes de resolver situações realmente difíceis. Creio que seria sensato continuar a chamar alguns jogadores mais experientes, para fazer uma transição moderada para o futuro, como por exemplo Ricardo Pereira (que julgo ainda seria muito útil a esta selecção) ou Luís Viana para acompanhar os sempre úteis Reinaldo Ventura e Sérgio Silva. Não é lançar constantemente jovens às feras que se constroem selecções campeãs. Espero que no final consigam contrariar as minha previsões que apontam para uma vitória fácil da Espanha neste Europeu.

O que é verdade é que o Hóquei em Patins continua a não se respeitar a si próprio (representado pelas suas organizações) e volta a cair no ridículo neste Campeonato Europeu, senão vejamos: continuam-se a convocar árbitros que tanto dão vontade de rir como de chorar; desta vez nem as regras da modalidade estão a ser respeitadas e colocaram-se cantos redondos no ringue (!, pelo menos desta vez nada há a apontar ao piso) ; o formato do campeonato é uma anedota; e o pavilhão está vazio, não se paga entrada e quase só os jogadores das outras selecções, elementos das comitivas e organização é que assistem aos jogos, leva a pensar se terá sido boa ideia levar a organização deste campeonato para Monza. Em Portugal isto nunca acontece, consegue-se ter sempre o pavilhão com uma moldura humana aceitável, contudo em Itália a popularidade deste Desporto está em claro decrescendo e a sua promoção para este campeonato não deve ter sido a mais desejada. Num ano em que pela primeira vez uma equipa italiana se tornou campeã europeia de clubes (o AP Follonica Hockey, liderado por Sérgio Silva), mas em que a sua selecção parece ser algo medíocre apenas com os nossos conhecidos irmãos Bertolucci a dar alguma alegria ao seu jogo. A tendência do Hóquei em Patins europeu é para ficar cada vez mais bipolarizado pois cada vez mais as camadas jovens são dominadas por Portugal e Espanha, estando constantemente desde há muitos anos as equipas italianas fora das finais, até nos seniores quando em 2004 a selecção italiana sénior atingiu a final do Europeu foi a primeira vez desde 1996. Cada vez que os seus jogadores mais veteranos acabam as suas carreiras o seu Hóquei em Patins fica mais enfraquecido.

Quanto ao formato deste campeonato vou descrevê-lo e não contar uma anedota como pode aparentar. Nos últimos anos os Europeus têm-se organizado em formato de todos contra todos (Salsomaggiore 1996, Itália) ou com 2 grupos com os dois primeiros classificados a apurarem-se para as meias-finais, ficando os grupos ordenados pela classificação do último campeonato, logo o segundo e o terceiro no mesmo grupo e o primeiro noutro. Ora como a Itália foi segunda e Portugal terceiro no último Europeu isto implicaria que se a Itália ficasse em segundo do grupo jogaria obviamente com a Espanha, natural primeira classificada do outro grupo. Isto não podia ser! Então criaram-se 3 grupos de 3 equipas, onde só uma equipa fica fora dos quartos-de-final. Assim o melhor primeiro classificado joga com o pior terceiro (dos apurados) e nas meias-finais com o vencedor do jogo entre o melhor segundo e o segundo melhor segundo, tendo o caminho aberto para a final, acontece que a Itália ficou num grupo com a Áustria e a Alemanha duas selecções claramente fracas. Para piorar Portugal é o único dos cabeças-de-série que joga em dias seguidos na primeira fase.

Hoje Portugal defrontou Andorra e venceu (3-0) sem deslumbrar, fez um jogo muito desorganizado e sem soluções atacantes. Marcaram por Portugal Valter Neves, Reinaldo Ventura e Jorge Silva.

Selecção de Portugal:
1 Carlos Silva (GR)
2 Valter Neves
3 Sérgio Silva (Capitão)
4 Vítor Hugo
5 Reinaldo Ventura (Sub Capitão)
6 Tiago Rafael
7 Ricardo Bareirros
8 Jorge Silva
9 Pedro Moreira
10 João Pereira (GR)

Palmarés:
20 Portugal
12 Inglaterra e Espanha
2 Itália

Amanhã publicarei o calendário de jogos.

Vanessa Fernandes Quinta Classificada na Geral Feminina na "Guerra dos Sexos"


No passado sábado, 15 de julho, ocorreu a "Batalha dos Sexos" do Triatlo. Este evento, que ocorre, todos os anos, no estado de Minneapolis, nos EUA, é um evento por convite e que reúne os 24 melhores triatletas do sexo masculino e feminino.

Corrido sob o formato olímpico (1,5 quilómetros de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida), Vanessa foi a quinta classificada na geral feminina e a 22º na Geral, ou seja entre homens e mulheres.

Top 5 Feminino
1 .Emma Snowsill. Aus 02:00:34.99
2.Becky Lavelle USA 02:02:22.77
3.Samantha McGlone Can 02:02:33.78
4.Sarah Haskins USA 02:02:56.14
5.Vanessa Fernandes.POR .02:03:36.76

Portugal na Liga Mundial de Voleibol


O Voleibol tem sido uma das modalidades com um desenvolvimento mais rápido em Portugal. Inclusivamente, com algumas conquistas de títulos e participações relevantes nas mais diversas competições internacionais.

Quem não se lembra dos quartos lugares de Miguel Maia e João Brenha nos Jogos Olímpicos de Atlanta e Sydney? Quartos lugares que foram como se tivessem conquistado medalhas. Da conquista pelo Sporting de Espinho, de uma competição europeia em 2001, a "Top-Team's Cup". E o oitavo lugar de Portugal no Mundial da Argentina de 2002. O desenvolvimento de Portugal nesta modalidade culminou na participação de Portugal na Liga Mundial, competição à qual só se acede através de convite.

As anteriores participações de Portugal foram muito positivas , tendo Portugal obtido vitórias sobre potências como o Brasil e a França.

Este ano, Portugal está integrado no grupo B, juntamente com a campeã olimpica Brasil, a estreante Finlândia e a Argentina. A Liga Mundial/2006 será a primeira competição do novo Selecionador de Portugal , o Brasileiro "Chico dos Santos", que sucede aos Cubanos Juan Diaz e Orlando Samuels . A herança destes é pesada e vamos ver se a Seleção das quinas se consegue adaptar ao Volei - Samba trazido por Chico dos Santos em vez dos Volei de Cuba , que resultou do protocolo que a Federação Portuguesa de Volei assinou com a sua Homologa de Cuba.


Portugal jogou os seus dois primeiros desta edição contra os nórdicos e estes motivados para se estrear na Liga Mundial com o pé direito ganharam os dois primeiros jogos por 3-0. Melhor estreia não podiam ter tido. Os jogos foram disputados na cidade finlandesa de Oulu.

domingo, julho 16, 2006

Estórias d'outros tempos

Depois de ver este episódio publicado num conhecido diário desportivo on-line português, não resisti à tentação de o mostrar à "audiência 1001" na sua versão original. Aqui vai ipsis verbis:

"Uns meses depois da glória de Riade, ainda em 1989, Carlos Queiroz e Nelo Vingada treinaram um outro grupo de jogadores para um objectivo igualmente ambicioso: chegar ao título de campeões de Mundo de sub-16.
Hoje a FIFA chama a esta prova Mundial sub-17, nessa altura disputou-se na Escócia e os dois treinadores começavam a dar forma a alguns dos jogadores que seriam campeões do Mundo, dois anos mais tarde, em Lisboa.
No grupo que se deslocou à Escócia as grandes figuras eram Peixe, Gil, Figo, Capucho, Bino, Abel Xavier. O guarda-redes era Paulo Santos, então no Sporting.
Portugal ficou em Edimburgo e começou por empatar com a Arábia Saudita (2-2) e ganhar tremido à Colômbia, por 3-2. No último jogo, na tarde de 14 de Junho, era preciso decidir tudo com a Guiné Conacry e o ambiente estava hostil para os portugueses.
Era difícil um jogo decorrer pior. Aos 24 minutos Portugal perdia, aos 28 Peixe era expulso, aos 46 Gil também via o vermelho. Atrás da baliza, Paulo Santos inchava de tanto insulto. Tinha 17 anos e o sangue quente. Aos 80 minutos, Portugal empatou e foi de mais. O guarda-redes festejou tanto que acabou por baixar os calções aos adeptos. Que não gostaram do que viram.
No final Portugal e Arábia Saudita conseguiram o apuramento no Grupo D, mas para Paulo Santos a prova terminou ali. Os adeptos queixaram-se, a polícia foi envolvida, a FIFA também, claro.
Nos quartos-de-final, com a Argentina, Portugal ganhou 2-1. Mas nas meias-finais caiu, ante a Escócia, por 1-0. Acabou a disputar o terceiro e quarto lugar, com o Bahrain, a quem derrotou por 3-0. Tudo com Nuno Fonseca na baliza, Paulo Santos na bancada e Portugal sem guarda-redes suplente.
A estória terminou sem que a polícia escocesa falasse mais no caso, mas a FIFA quis fazer dos calções em baixo de Paulo Santos um exemplo e puniu-o com um ano de suspensão. Um castigo bem duro, sobretudo se pensarmos em outros episódios, passados uns anos depois..."

quinta-feira, julho 13, 2006

SL Benfica vence a Liga Nacional de Futebol de Praia

Este fim-de-semana disputou-se, com a etapa Norte, o final da 2ª edição da Liga Nacional de Futebol de Praia. Depois de 4 edições da Taça Nacional de Clubes de Futebol de Praia o ano passado as Associações de Futebol do Algarve, Leiria e Setúbal organizaram a Liga Nacional de Futebol de Praia, a competição foi ganha pelo FC Porto, este ano juntaram-se as Associações de Lisboa, Porto e Santarém.

Esta etapa foi disputada na praia do Castelo do Queijo (Porto). As outras tinham sido disputadas em Albufeira (etapa Sul) e em Pombal (etapa Centro) e sido ganhas por Sporting CP e SL Benfica respectivamente. FC Porto, SL Benfica e Sporting CP pertencem à Série A e disputam todas as etapas da Liga depois existem os clubes das Série B e Série C, os da Série B disputam a etapa da sua região Vitória FC (Setúbal, etapa Sul), União D Leiria (etapa Centro) e Boavista FC (etapa Norte) podendo ainda ser convidados para outras etapas, os da Série C são clubes locais convidados que apenas participam na etapa da sua região (como Imortal ou Rio Ave FC).

À final da etapa Norte chegaram SL Benfica e Sporting CP, FC Porto e Vitória FC disputaram o terceiro lugar. No jogo para a disputa do lugar mais baixo do pódio o FC Porto, que conta com Alan como maior estrela, derrotou o Vitória FC, onde pontifica Loja, por 5-4, isto apesar de não ter sido melhor equipa e ter visto o Vitória enviar 4 bolas ao ferro, Alan não esteve particularmente inspirado mas o FC Porto com melhores valores individuais conseguiu superiorizar-se.

A equipa do Sporting CP, treinada por Carlos Xavier, é composta maioritariamente por jogadores da selecção nacional (Madjer, Belchior, Pedro Jorge e Jonas) e ex-jogadores da selecção (Carlos Xavier e José Passos) enquanto que a do SL Benfica, treinado por José Rachão (vencedor da Taça de Portugal de Futebol 2005 com o Vitória FC), é composta maioritariamente por antigos jogadores dos seus jogadores dos escalões de formação (Bernardo Vasconcelos, Cláudio Oeiras, Nuno Abreu, Bruno Costa).

O Sporting CP apesar de ter melhores individualidades e jogar naturalmente melhor nunca se conseguiu superiorizar ao SL Benfica que jogava mais directo para a baliza. Como é uma equipa mais tecnicista o Sporting CP jogava a bola mais pelo ar e tentava passá-la mais pelos seus jogadores, enquanto que o SL Benfica jogava numa defesa de 2+1 muito fechada e lançava a bola para Bernardo Vasconcelos que apesar de parecer muito lento e sempre cansado conseguia criar quase sempre perigo quando tinha a bola ao seu alcance, quando o SL Benfica tinha um canto a seu favor era sempre uma aflição para a defesa adversária que não conseguia acertar com as marcações, por seu lado Madjer, a estrela do Sporting CP, estava muito desinspirado e só através de livres ia criando perigo, tentando várias vezes iludir o árbitro para conseguir esses lances. O Sporting ia conseguindo desenvolver o seu jogo sobretudo pela criatividade dos seus jovens jogadores Belchior e Jonas. No final do tempo regulamentar o jogo estava empatado 4-4, pelo Sporting tinham marcado Madjer 2 e Belchior 2, os 4 golos do SL Benfica foram apontados por Bernardo Vasconcelos. Belchior marcou um espetacular golo de pontapé de bicicleta, Bernardo Vasconcelos marcou também um belo golo em que a bola é lançada da defesa e este amortece no peito e remata de moinho.

Como o jogo não ficou decidido o jogo seguiu para prolongamento e no pontapé de saída Bernardo Vasconcelos marca o seu 5º golo a pouco mais de um minuto para o final da primeira parte do prolongamento Madjer empata novamente (foi esta a toada do encontro), desta feita o guarda-redes Rodrigues, que até estava a realizar uma boa exibição, não fica isento de culpas, pois o remate foi efectuado junto da bandeirola de área e sem muita força. A cerca de 30 segundos do final da primeira parte do prolongamento, quando se pensava que este teria mais uma parte Bernardo Vasconcelos recebe novo lançamento longo da defesa e no meio de dois defesas recebe no peito e faz um grande golo de pontapé de bicicleta. No tempo que faltava jogar o Sporting CP já não conseguiu reagir.

O SL Benfica ganhou com 6 golos de Bernardo Vasconcelos, baseando o seu jogo numa defesa aguerrida e lançando um ataque directo à baliza adversária, o Sporting CP não soube aproveitar devidamente quando a defesa do SL Benfica cometeu erros. Registam-se as boas exibições de Chico (guarda-redes do Sporting CP) e de Bernardo Vasconcelos que foi o homem do jogo e também da Liga, depois deste jogo tornou-se o melhor marcador da Liga Nacional de Futebol de Praia e foi naturalmente eleito o melhor jogador da mesma.

segunda-feira, julho 10, 2006

Fim-de-Semana Proveitoso para o Triatlo Português


Este foi um fim-de-semana extremamente positivo para o Triatlo Português. Nos Europeus dos escalões juvenis, realizado em Rijeka, Croácia, Vanessa conquistou o seu terceiro título no escalão de Sub-23. Vanessa, claramente já pertencente a outra galáxia, venceu confortavelmente com uma vantagem de 43 segundos sobre a segunda classificada, a francesa Virginie Jouve.

Nos juvenis, a equipa Masculina, constituída por Miguel Arraiolos, José Estrangeiro e Duarte Marques, conquistou a Medalha de Prata. Nesta prova, disputada sob o formato de estafeta, a equipa das Quinas concluiu a prova com o tempo final de 01h:14m:59 s, a 24 s dos vencedores, a Grã-Bretanha.

De referir ainda, o sexto lugar individual de Duarte Marques, na prova de sub-23 e o nono lugar colectivo da equipa Masculina de Sub-23. Face a estes resultados positivos, nos escalões de formação, é caso para dizer que o futuro se apresenta risonho para o Triatlo Português.

Anais Moniz no Europeu de Juniores de Ciclismo

Portugal tem no Triatlo alguns dos seus melhores atletas. Vanessa Fernandes, actual primeira classificada no ranking mundial da Taça do Mundo e Bruno Pais, terceiro classificado do mesmo ranking. Mais uma estrela está a despontar. Chama-se Anais Moniz e é actualmente Campeã Europeia e Mundial de Juniores de Triatlo.

Este fim de semana foi convocada para participar nos Europeus de... Ciclismo. Das duas uma, ou as duas ao mesmo tempo:
1. Esta convocatória é o reconhecimento do talento de Anais;
2. Esta convocatória é o reconhecimento da crise que grassa no ciclismo feminino desde o abandono de Ana Barros.

Sem desprimor para Anais, parece-me que será a segunda opção. Recorde-se que esta é a primeira vez que, desde há seis anos, Portugal está representado nos escalões juvenis. De referir também que Anais foi a única convocada para esta prova.

Esta já não é a primeira vez que uma triatleta "faz uma perninha" em outras modalidades. Vanessa Fernandes, nos últimos Campeonatos de Corta-Mato, realizados em Guimarães, foi terceira classificada (!!!) na versão longa com 29m e 19s, à frente de atletas muito mais experientes.

Mundial de Futebol Alemanha 2006 (Prémios)

Bola de Ouro
Zinedine Zidane - a FIFA que tanto apela ao fair-play elegeu Zidane como o melhor jogador do Mundial, quando Cristiano Ronaldo não foi eleito para Melhor Jogador Jovem por falta de fair-play (que não teve). Na minha opinião é uma eleição muito injusta, se Figo (que esteve melhor que Zidane) tem chegado à final não teria sido suficiente para vencer o prémio (pois não ficou sequer entre os 10 nomeados). Que dizer então de Cannavaro ou Pirlo que jogaram sempre bem e não andaram a agredir ninguém! Começou o Mundial de forma algo discreta, mas quando chegaram os jogos decisivos mostrou quem conduz o jogo da França e voltou aos seus bons tempos. Ontem igualou Vavá, Pelé e Paul Breitner marcando em duas finais de Mundiais, igualou também os dois brasileiros e Geoff Hurst com 3 golos em finais de Mundiais. Para além de igualar Rigobert Song também expulso em 2 Mundiais. A FIFA premiou-lhe a carreira, que no entanto já tinha sido suficientemente premiada.

Bola de Prata
Fabio Cannavaro
- foi o melhor jogador do Mundial. Exemplar nada passa por Cannavaro está lá para resolver as situações difíceis. Esteve ao nível dos grandes centrais da História do Futebol italiano. Quando alguém quiser mostrar a exibição perfeita de um defesa central poderá mostrar os jogos que Cannavaro fez neste Mundial e certamente aproximar-se-á bastante do seu objectivo.

Bola de Bronze
Andrea Pirlo
- foi um jogador incansável atacou e defendeu sempre com muito brio e foi o verdadeiro motor da equipa italiana. Muitos treinadores desejariam ter nas suas equipas um jogador doo meio-campo defensivo que soubesse conduzir tão bem o jogo de ataque da equipa. Contudo não é por acaso, pois Pirlo começou por ser um n.º 10 (até chegou a dar a sensação que ia ser um jogador perdido), mas quando recuou no campo tornou-se um jogador muito mais importante, a experiência nesta fase da carreira também foi muito importante para as suas exibições.

Prémio Lev Yashin
Gianluigi Buffon - quase nem são necessários comentários para esta distinção foi de longe o melhor guarda-redes do Mundial e tal já era esperado antes deste começar. Parece que consegue chegar a todo o lado! Ficará recordado como um dos melhores guarda-redes da História do Futebol. Sofreu apenas 2 golos, um de um colega da defesa e um de grande penalidade (neste aspecto não é o melhor:)).

Bota de Ouro
Miroslav Klose (5 golos) - é um jogador que se tem dado muito bem em Mundiais. Joga com grande sentido de baliza e é muito prático (é um jogador com o mesmo estilo de Pauleta). Em 2002 já havia marcado 5 golos e tinha sido Bota de Prata. Desde 1962 (Jerkovic, da Jugoslávia, 5 golos) que o melhor marcador não marcava tão poucos golos.

Bota de Prata
Hernán Crespo (3 golos) - um goleador numa selecção goleadora com muitas soluções de ataque. Junta este golo ao que marcou em 2002. Ganhou o desempate com Ronaldo por ter jogado menos minutos, ambos marcaram 3 golos e fizeram um assistência.

Bota de Bronze
Ronaldo (3 golos) - sai do Mundial, apesar de não ter brilhado, com mais um prémio que junta à Bola de Ouro de 2002 e Bota de Ouro de 1998. Fica ainda na História dos Mundiais por se tornar o melhor marcador de sempre: 4 golos em 1998, 8 em 2002 e 3 em 2006.

Melhor Jogador Jovem
Lukas Podolski
- mereceu a distinção, foi um jogador muito prático e eficaz, jogou bom futebol e foi importante na selecção alemã, mostrando grandes capacidades.

Futebol Mais Atractivo
Portugal - a selecção nacional apesar de não ter chegado ao pódio do Mundial não sai da Alemanha de mãos a abanar. Venceu um prémio que foi atribuído, à selecção que praticou o futebol mais atractivo para os adepotos, pelos leitores do site da FIFA. Premiou-se uma selecção que tentou ganhar todos os jogos e apenas ficou remetida na defesa quando o adversário assim o obrigou. Estavam 6 selecções disponíveis para a votação (Portugal 47%, Itália 41%, Alemanha 4%, Argentina 3%, França 3%, Brasil 2%), mas apenas Portugal e Itália lutaram pelo reconhecimento dos adeptos de todo o mundo como a que praticou o futebol mais bonito.

Prémio Fair-Play
Brasil & Espanha

Desde 1994 (quando comecei a acompanhar o Campeonato Mundial de Futebol) organizo a minha lista das 4 melhores selecções do Mundial e desde 2002 que faço a minha melhor equipa para o Mundial, desta vez vou partilhá-las:

Melhores Selecções:
1 - Itália
2 - Alemanha
3 - Argentina
4 - Portugal (este lugar esteve em discussão com a França e talvez tenha sido o coração a falar mais alto e a escolher Portugal, a fraca prestação da França na fase de grupos também ajudou)

Melhor Equipa:
G-R: Buffon
D: Zambrotta; Ricardo Carvalho; Cannavaro; Philipp Lham
MD: Vieira; Pirlo
MA: Figo; Ballack; Maxi Rodríguez
A: Klose

Para o último Mundial tinha optado por uma tática de 3-5-2, mas desta vez optei pela tática de 4-5-1 (estive indeciso entre esta e 4-4-2 sem nº 10). Quando tinha decidido optar por Zidane, em detrimento de Ballack, este foi expulso devido a uma atitude de muita falta de desportivismo e perdeu o direito de constar na equipa. Zambrotta e Ballack repetem a nomeação de 2002, na altura o italiano foi seleccionado para o meio-campo.

Mundial de Futebol Alemanha 2006 (Os nossos jogadores)

Os nossos jogadores
1- Ricardo - esteve muito bem no Campeonato, conseguiu libertar-se de todas as pressões e para isso muito deve ter contribuído o trabalho de Scolari, e não cometeu erros, apesar de ter tido jogos difíceis. Foi um jogador decisivo nos melhores jogos da selecção. Não fosse existir um guarda-redes como Buffon e poderia ter sido o melhor guarda-redes do Mundial, há uns tempos atrás poucos diriam que isto era possível. Defendeu 3 grandes penalidades contra a Inglaterra e deixou o seu nome na História dos Campeonatos do Mundo;
2- Paulo Ferreira - esteve bem quando entrou a substituir os seus companheiros quer da direita quer da esquerda, foi um jogador regular, mas que não deslumbra no ataque;
3- Caneira - quando jogou não comprometeu e jogou concentrado;
4- Ricardo Costa - pareceu estar algo nervoso e não teve tarefa fácil, não está ao nível de Ricardo Carvalho (a quem substituiu), mas isso também não lhe era exigido, apesar de tudo uma exibição positiva, podendo no entanto ter fechado mais espaços de ramate;
5- Ferando Meira - esteve muito bem durante todo o Campeonato, entendeu-se bem com o companheiro do centro da defesa, não cedeu espaços aos seus adversários, esteve sempre muito concentrado e bem posicionado;
6- "Costinha" - é um jogador muito importante na manobra da equipa, é um jogador inteligente e com grande carisma, no entanto de forma algo incompreensível viu muitos cartões amarelos de maneira infantil e não foi tão importante como noutras ocasiões
7- Figo - foi um dos melhores jogadores do Mundial, é certo que não tem a velocidade de outros tempos mas tem uma grande capacidade desequilibradora, cruza muito bem e sabe liderar muito bem a equipa. Mostrou muita classe, esteve bem em todos os jogos e é um líder que não será facilmente substituído. Merecia ter ido mais longe, acaba a carreira na selecção como um campeão;
8- "Petit" - não é um jogador vistoso, mas não dá descanço aos adversários, está o jogo todo a lutar. Fez contra a Holanda um jogo excelente onde foi necessário muito sacrifício. Roubou muitos lances aos adversários;
9- "Pauleta" - não esteve muito feliz durante o Mundial, mas não tem toda a culpa nisso, a tática não o favoreceu pois não foi servido da melhor forma. Apesar de tudo marcou um golo e fez uma assistência para golo muito importante. No jogo com a França quando se estava a preparar para criar a sua melhor ocasião de golo atirou-se para o chão (foi pena), se Scolari não o substitui e coloca um avançado (Postiga ou Nuno "Gomes", pois têm características semelhantes) ao seu lado isso favorecê-lo-ia e teria mais espaço para se desmarcar. Tenta sempre dar o seu máximo e merecia ter saído com mais golos na sua despedida da selecção;
10- Hugo Viana - quando entrou esteve bem e apesar de não ser um jogador à altura de substituir Deco tem grande capacidade de passe e um bom remate;
11- Simão - fez boas exibições entrou sempre bem a substituir os seus companheiros das alas. Muito esforçado e sempre a querer levar a equipa para a frente;
12- "Quim" - não jogou;
13- Miguel - levou o seu esforço ao máximo, nalguns jogos até um ponto em que parecia não conseguir mais, saiu lesionado como no Europeu. Defendeu de maneira excelente usando a sua velocidade e esteve muito bem no apoio ao ataque. Os seus adversários directos não saíram de campo a poder dizer que lhe tinham ganho e aos seus colegas da ala direita nunca faltou apoio;
14- Nuno Valente - foi o menos vistoso dos jogadores da defesa, mas esteve bem a defender e tentou criar desequilíbrios no ataque;
15- Boa Morte - esteve desastroso no jogo em que entrou, ia contra os adversários, como se estes fossem invisíveis, e depois tentava ganhar o ressalto recorrendo na maioria das vezes à falta para remediar a bola perdida;
16 - Ricardo Carvalho - foi excelente o seu comportamento neste Mundial, um central que será recordado junto com este Mundial, não fosse Fabio Cannavaro e seria mesmo o melhor. Tapou quase sempre os espaços para a baliza de Ricardo, nem que fosse colocando todo o corpo à frente da bola, teve excelente posicionamento e grandes desarmes aos adversários;
17- Cristiano Ronaldo - começou o Mundial a pensar em ganhar o prémio para melhor jogador jovem e para isso em vez de jogar simples e em prol da equipa tentava fazer lances bonitos que não davam em nada, mas melhorou e esteve muito bem nos jogos seguintes sendo aí um jogador decisivona manobra atacante da equipa. Acabou o Mundial (contra a Alemanha) como começou mas aí para provar que era ele que merecia o prémio e não Podolski. Falta-lhe ainda alguma maturidade para potenciar as suas capacidades;
18- "Maniche" - é um jogador muito batalhador e quando está em forma integra-se bem no ataque da equipa criando espaços para o remate, esteve em forma. No entanto, por vezes exagerava no remate quando a selecção seguia perigosa para o ataque, contudo, isso é-lhe permitido pois já mostrou que é capaz de marcar grandes golos de longa distância;
19- Tiago - esteve bem, nota-se que é um jogador com grande futuro na selecção, mas pareceu acusar um pouco o esforço de uma grande época no seu clube;
20- "Deco" - não fez um grande Mundial, até muito abaixo do que era esperado. Contra a Holanda peca por não ter partido a perna de Heitinga. Contra a França fez o pior jogo de sempre na selecção foi quase como não estar em campo. Contra a Alemanha liberto de qualquer pressão fez o seu melhor jogo, mostrando aquilo que podia ter feito nos outros jogos;
21- Nuno "Gomes" - talvez merecesse mais oportunidades para ajudar a equipa. Contra o México entrou e parecia algo desorientado, querendo mostrar valor para jogar. Contra a Alemanha marcou a sua presença com um belo golo de cabeça;
22- Paulo Santos - não jogou;
23- Hélder Postiga - é um jogador muito móvel e com criatividade, no entanto, neste Mundial não deslumbrou e viu-lhe ser (bem) anulado o golo que lhe teria dado a glória (novamente contra a Inglaterra);
- Jorge Andrade - não foi convocado por se encontrar lesionado. No entanto, foi o único totalista da fase de qualificação e é um jogador indiscutível na selecção, de modo que esteve presente na Alemanha com os seus colegas, é uma pessoa muito divertida que causa muito bom ambiente no "balneário", só podia estar presente. Se Portugal fosse campeão do Mundo ele teria que ficar com uma medalha.

Mundial de Futebol Alemanha 2006 (As principais equipas)

A minha análise do Campeonato Mundial de Futebol

Pódio:

Itália - foi um justo campeão. É uma selecção muito bem organizada e que como sempre baseia o seu jogo numa defesa quase intransponível, tendo para o ataque alguns jogadores muito criativos, saí muito bem para o contra-ataque. Na final mostrou-se perigosíssima nos pontapés de canto. Teve como é da tradição os jogos em que sofreu defendendo muito e resolveu o jogo quando não parecia capaz disso. Não foi assim nos jogos realmente importantes, contra a Alemanha (na meia-final) para se livrar da maldição das grandes penalidades (onde a Alemanha em 4 ocasiões nunca tinha perdido, falhando apenas num pontapé) atacou e resolveu o jogo no final do prolongamento, contra a França (na final) apesar do jogo agradável não conseguiu ser superior à França mas livrou-se da maldição das grandes penalidades. Tinha sido 3 vezes consecutivas eliminada dessa forma: 1990 RFA meias-finais; 1994 Brasil final; 1998 França quartos-de-final, sempre contra a selecção vencedora da competição. Em ano de CalcioCaos vence tal como tinha feito em 1982 no rescaldo do escândalo de apostas.

França - começou a competição sem deslumbrar a fazer lembrar a eliminação de 2002, até que os seus veteranos mostraram o seu valor e levaram a equipa à final. Contra a Espanha que até aí estava a mostrar um futebol atractivo foi superior e ganhou naturalmente. O Brasil nem sequer assustou a selecção francesa, com Ribéry a mostrar-se sempre muito perigoso no contra-ataque e Vieira e Zidane a comandarem as operações no meio-campo (um a defender o outro a atacar). Contra Portugal não foram superiores mas conseguiram marcar um golo e defender o resultado a partir daí. Na final fizeram um jogo equilibrado com a Itália, onde Zidane irreflectidamente agrediu Materazzi e foi expulso (como noutras ocasiões da sua carreira), e perdeu nas grandes penalidades.

Alemanha - foi como sempre uma equipa bem organizada que joga um futebol simples e directo, mas que não deixa de ser bonito, pois tem muitos jogadores criativos e não baseiam o seu futebol na força de outros tempos.

Outros:

Portugal - Fez um bom Campeonato Mundial. Começou por ganhar naturalmente os dois primeiros jogos do grupo sem que para isso tivesse que deslumbrar. A partir daí soube ganhar jogos no sofrimento, mas quando se exigia que fosse Portugal a atacar e a tentar marcar golo nunca o conseguiu fazer. Foi assim com a Inglaterra (quando tinhamos um jogador a mais), com a França e também com a Alemanha (até sofrermos o terceiro golo), neste último jogo Nuno "Gomes" marcou o único golo da nossa selecção dentro da pequena área. Apresentámos uma defesa muito segura (talvez como nunca antes) e no meio-campo temos um trio de criativos (Cristiano Ronaldo, Deco e Figo) que só é superado em qualidade pela selecção brasileira. A selecção não perdia 2 jogos consecutivos à 10 anos (na preparação para o Euro'96), na altura contra a França e depois a Alemanha, tal como agora, mas desta vez foi na meia-final e no jogo de atribuição do 3º lugar do Campeonato Mundial. Deixámos a nossa marca no Campeonato Mundial e merecemos a meia-final, deixando a sensação que seria possível ir ainda mais longe não fossem certos promenores. Foi pena tantos mergulhos para o relvado.

Argentina - foi uma das grandes selecções do Mundial. Jogou muito bem na fase de grupos e mostrou que era uma forte candidata a vencer o Mundial. Nos jogos a eliminar continuou a jogar bem mas como seria de esperar as coisas não iam ser tão fáceis. Foi eliminada por ter sido mais ineficaz que a Alemanha no desempate por grandes penalidades.

Brasil - uma equipa a fazer lembrar a de 1998 e a de 2002. Não soube jogar no colectivo e ficou sempre à espera que as individualidades resolvessem o jogo sozinhas. Tem jogadores extraordinários, mais que qualquer outra selecção, mas para se fazer uma equipa apenas as individualidades não chegam, se bem que o Brasil tem conseguido excelentes resultados apenas com a qualidade dos seus jogadores. No entanto existe sempre uma selecção com bons jogadores e bem organizados como a França em 1998 e em 2006 que acaba por derrotar estas selecções e que a Alemanha talvez tivesse conseguido em 2002 se Ballack tivesse jogado a final.

Espanha - começou o Mundial a deslumbrar na fase de grupos, jogando um futebol atractivo e eficaz. De modo que se assumiu claramente como candidata ao título Mundial. Na primeira, realmente grande, dificuldade que lhe surgiu não soube como contrariar o jogo da França e pareceu ser facilmente eliminada.

Holanda - pratica bom futebol. No jogo com Portugal exibiu muito pouco fair-play.

sexta-feira, julho 07, 2006

Portugal no Mundial

Foi com tristeza que a nação portuguesa viu o jogo das meias contra a França e que levou Portugal a disputar o jogo menos apetecido, o de atribuição da medalha de bronze. Infelizmente Portugal mantém a tradição de perder com a França, o que a juntar à derrota de 66 com a Inglaterra dá um parcial de 1 vitória em 4 meias-finais de Campeonatos da Europa ou do Mundo, e na que ganhámos, em 2004 em Portugal contra a Holanda, acabámos por perder a final com a Grécia. É por isso uma triste tradição mas que temos mantido.

Apesar da tristeza há que ressalvar o excelente percurso da nossa selecção nos últimos anos (exceptuando quando foi liderada por António Oliveira). Em 2000 atingimos a meia-final do Campeonato da Europa da Holanda/Bélgica, em 2004 atingimos a final, pela primeira vez na nossa história, do Campeonato da Europa de Portugal e agora mais uma meia-final do Campeonato do Mundo. É preciso continuar com esta consistência para que, um dia, possamos ser campeões.

Em baixo faço um resumo da prestação de alguns jogadores neste mundial com a respectiva nota, de 0 a 5, à frente do nome:

Ricardo (5) – Esteve inexcedível, não só porque defendeu penáltis mas também porque melhorou muito naquilo em que era criticado, a insegurança com que saía fora dos postes, nomeadamente, a bolas cruzadas, já que dentro dos postes é e sempre foi muito bom. Foi regular durante todos os jogos, roçando a perfeição, e é um forte candidato à equipa ideal da FIFA apesar de existir Gianluigi Buffon.
Miguel (5) – Esteve ainda melhor do que no Europeu. Defende cada vez melhor e, no ataque, continua a desequilibrar pela explosividade e a forma como integra as situações de contra-ataque apoiado. É a melhor aposta de Portugal para o 11 ideal da FIFA.
Fernando Meira (4) – Foi uma surpresa pela positiva, foi mesmo a revelação da selecção. Apesar de ter sido visto como um substituto que não estava à altura de Jorge Andrade (e não está), conseguiu estar em bom plano, principalmente nos jogos contra a Inglaterra e França em que recuperou muitas bolas através da antecipação aos avançados que marcava. É também muito forte no jogo aéreo, nomeadamente na área defensiva. Apesar de alguma irregularidade conseguiu superar as expectativas.

Ricardo Carvalho (5) – Já nos habituou a excelentes exibições desde os tempos em que jogava no Porto. É rápido, forte, tem bom jogo aéreo, apesar de ser relativamente baixo para defesa central. Esteve muito bem em toda a prova mas não esteve perfeito, no entanto, há que ter em conta que é o pronto socorro da equipa, dobra tanto Meira à sua direita como Nuno Valente à sua esquerda e ainda sai com a bola nos pés. Apesar de ter tentado não conseguiu marcar golos, principalmente em cantos onde é mais forte. É também candidato a integrar a equipa ideal embora seja difícil porque só há um lugar disponível para centrais, ao lado de Fábio Cannavaro.
Nuno Valente (1) – Uma lástima, um jogador sem qualidade para jogar na selecção. Seria melhor reconhecer que Portugal não tem defesas esquerdos decentes e adaptar um jogador de outra posição como Paulo Ferreira ou Marco Caneira. É lento, defende mal (que o diga Van Persie que o humilhou nos oitavos) e não faz um cruzamento decente no ataque. Necessita sempre do apoio de Ricardo Carvalho ou Costinha/Petit para não ser ultrapassado. Como não comprometeu contra a França não lhe dei 0.

Costinha (3) – É um jogador lutador e com forte jogo aéreo, no entanto esteve abaixo das suas qualidades nesta prova, nomeadamente ao nível físico, mostrou-se cansado e com poucos movimentos ainda assim é importante na estrutura de Scolari na pressão ao criativo adversário e no sentido táctico a cortar linhas de passe. Não apareceu em nenhuma situação de cabeceamento nas áreas adversárias. Parece que os 6 meses de inactividade lhe pesaram e em alguns jogos deveria ter saído mais cedo.
Maniche (3) – O tractor da equipa, um jogador que deve muito à inteligência, nomeadamente nos remates absurdos e sem perigo que faz de fora da área que acabam sempre em perdas de bola para Portugal. Ainda alguém tem que lhe explicar que remates de 40 metros não são para todos e, sem dúvida, não são para ele. As situações em que criou perigo foram sempre dentro da área e não fora. Apesar da sua sede de protagonismo que, claramente, prejudica a equipa reconheço-lhe o espírito combativo e a capacidade física. Os anos têm-lhe permitido distinguir entre agressividade e agressão.
Petit (2) – Esteve ao nível dos outros 2 trincos já mencionados mas poderia ter estado melhor. Nos jogos em que jogou não comprometeu mas também não foi uma mais-valia. Se tivesse jogado mais teria tido uma nota mais alta.

Luís Figo (4) – Esteve em bom nível, o melhor possível perante a condicionante física dum jogador com 33 anos e muitos anos de alta competição nas pernas. Já não é possível vê-lo a desequilibrar nas alas mas a qualidade técnica mantém-se, cada bola cruzada para a área é meio golo. Foi um verdadeiro líder dentro do campo e fora manteve sempre um discurso equilibrado mas vencedor. Provavelmente será a última vez que representa Portugal e por tudo OBRIGADO FIGO.
Cristiano Ronaldo (3) – Começou mal a prova, parecia
desgastado fisicamente. Sempre muito agarrado à bola não conseguiu produzir o que era esperado dele. O bom remate que tem de fora da área não resultou nem o jogo aéreo, nomeadamente em cantos. Marcou 1 golo, de penálti, e marcou o último penálti que eliminou a Inglaterra nos quartos. Só pudemos assistir ao seu alto nível de jogo contra a França em que foi assobiado do inicio ao fim do jogo. Nesse jogo foi o melhor português com arrancadas com a bola controlada, remates perigosos, diagonais e passes sempre a alta velocidade. É pena que tenha sofrido uma lesão por entrada violenta de Boularouz nos oitavos. Espera-se muito deste jogador no futuro, será que ele aguenta a pressão?
Simão Sabrosa (3) – É um jogador que tem a função de desequilibrar nas alas, cruzar, rematar e marcar golos. Não foi titular mas foi o mais utilizado dos suplentes, quando jogou esteve em bom nível mas quando a importância dos jogos era maior (na fase de eliminatórias) esteve pior. Não fez a diferença nem contra a Inglaterra nem contra a França, no entanto parece que a sua cotação de mercado aumentou. Que tenha boa sorte no seu próximo clube.
Deco (1) – Deste jogador espera-se tudo mas ele não fez na
da em nenhum jogo. Cansado depois duma época desgastante no Barcelona onde foi campeão europeu, não conseguiu ser o marcador de jogo da selecção. Não é possível a Portugal, actualmente, ganhar seja o que for sem Deco em grande forma. Costuma ser um jogador rápido, principal municiador de Pauleta e faz também a diferença a defender onde habitualmente comete muitas faltas que cortam os ataques adversários. Nada disso fez. Só não lhe dei 0 pontos porque marcou o golo inaugural do jogo contra o Irão.
Tiago (2) – Mourinho disse dele que é dos melhores em todos os aspectos do jogo mas não executa rápido. Apresentou-se no mundial ainda mais lento do que o habitual e não foi uma mais valia quando substituiu Deco. Pode-se argumentar que rende mais se jogar na posição de Maniche, como médio volante sem preocupações exclusivas de apoiar o ponta de lança, no entanto, podia ter feito mais porque vale muito mais, nomeadamente nos desequilíbrios que cria quando entra na área para finalizar, o que não aconteceu.
Hugo Viana (2) – Apesar de ser discutível a sua convocatória e de ser claramente o elo mais fraco do meio campo criativo, acabou por ser o melhor quando jogou. Entrou muito bem contra a Inglaterra tanto a rematar à baliza como a apoiar o avançado centro como também a mudar rapidamente o flanco de jogo com passes compridos mas certeiros a aproveitar zonas menos povoadas (lembro que a Inglaterra jogava com menos 1 jogador). Deveria ter entrado contra a França. Se tivesse jogado mais teria merecido uma nota melhor.

Pauleta (2) – É uma pena que o recordista de golos marcados pela selecção não consiga jogar bem em nenhuma fase final de Campeonatos do Mundo ou da Europa. É o melhor que temos mas poderíamos ter bem melhor. Apesar de não estar em forma desgasta-se imenso tanto a defender como na procura de espaços para receber a bola. Há que admitir que raras são as vezes que a bola lhe chega em condições de finalizar, no entanto, peca por não conseguir funcionar como pivot, recebendo e segurando a bola na entrada da área para distribuir em desmarcação.
Hélder Postiga (0) – Uma lástima, uma miséria, ridículo, dá vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Todos os adjectivos depreciativos são poucos para o caracterizar. Não é capaz de receber uma bola sem estar fora de jogo, não é capaz de fazer um passe certo, é lento e não sabe rematar à baliza para além de ser baixo. É o principal responsável pela fama de batoteiros que os portugueses têm (e justa), por tudo e por nada, seja qual for a situação, óbvio ou não, está sempre a atirar-se para o chão para enganar o árbitro. Pessoalmente acho que não tinha lugar em nenhuma selecção que esteve presente na prova.

Luíz Felipe Scolari (5) – O grande obreiro dos feitos de Portugal no mundial. Um homem inteligente que compreendeu desde o início que uma equipa ganhadora é diferente dum conjunto de estrelas. Convocou Ricardo Costa, Hugo Viana, Luís Boa Morte e Hélder Postiga porque sabe que são jogadores que se não jogarem não desestabilizam o grupo ao contrário de Vitor Baia, Ricardo Quaresma, Sérgio Conceição, João Pinto e até mesmo Tonel, Ricardo Rocha ou Beto. Com isto e um discurso mobilizador consegue unir e segurar o grupo e levá-lo a transcender-se. Foi isso que fez na selecção brasileira quando foi campeão mundial e foi isso que fez no Euro 2004 em Portugal. Para além de grande líder é também excelente na arte de moldar a opinião pública em seu favor e defender o seu grupo contra tudo e contra todos, quem não se lembra da célebre história de dizer que viu Figo a rezar à Nossa Senhora do Caravaggio depois de o substituir contra a Inglaterra no Euro 2004! Por incrível que pareça o ponto mais fraco de Scolari é mesmo a capacidade de analisar o jogo no momento. A escolha de Postiga em detrimento de outros foi o seu maior erro, é mesmo incompreensível.
Segundo veicula a imprensa desportiva, Scolari não vai continuar a dirigir a Selecção Nacional de Futebol, espero que, a ser verdade, os dirigentes da FPF resistam à tentação de contratar um seleccionador português.